Mais de sete mil mulheres já realizaram inscrição para participar do alistamento militar feminino, realizado pela primeira vez no Brasil este ano. Iniciado no dia 1° de janeiro, o processo de candidatura oferta 1.465 vagas em 28 municípios de 13 estados do país.
Podem se inscrever mulheres que completem 18 anos em 2025 (nascidas em 2007). A candidatura é pode ser feita online, através do site oficial do alistamento, ou na Junta de Serviço Militar de um dos municípios contemplados.
Veja lista dos municípios onde pode ser feito o alistamento feminino
As interessadas poderão escolher se desejam incorporar a Marinha, Exército ou Aeronáutica. A análise das inscrições terá como base os critérios de aptidão da candidata e a especificidade exigida pela Força Armada.
O processo de recrutamento será dividido nas etapas de alistamento, seleção geral, seleção complementar, designação/distribuição e incorporação. Durante as seleções, as candidatas deverão passar por entrevista, inspeção de saúde (exames clínicos e laboratoriais) e testes físicos.
A incorporação das aprovadas irá ocorrer no primeiro ou segundo semestre de 2026 (de 2 a 6 de março ou de 3 a 7 de agosto). A princípio, as escolhidas irão ocupar a graduação de soldado (Exército e Aeronáutica) ou marinheiro-recruta, no caso da Marinha, e terão os mesmos direitos e deveres dos homens.
O serviço militar terá duração de 12 meses, com possibilidade de prorrogação por até oito anos. Em nota, o Ministério da Defesa afirmou que pretende aumentar o número de mulheres recrutadas pelo Serviço Militar Feminino de forma gradual, até que se atinja 20% das vagas.
Atualmente, as mulheres ocupam 37 mil vagas nas Forças Armadas, o correspondente a 10% do total de efetivo. As principais funções exercidas pelo contingente feminino são saúde, ensino e logística.
Além dessas, as mulheres também têm acesso à área combatente por meio de concursos públicos específicos em estabelecimentos de ensino, como o Colégio Naval (CN), da Marinha, a Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx) e a Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR), da Aeronáutica.