O presidente da Amazon no Brasil, Daniel Mazini, disse que o Centro de Distribuição (CD) da empresa, em Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza, está sendo expandido na sua parte logística.
A ideia, segundo Mazini, é de dar celeridade às entregas no Nordeste. A declaração foi feita no evento Amazon Conecta, realizado na última semana, entre os dias 16 e 17, em São Paulo.
“Lá em Fortaleza, a gente está expandindo nosso Centro de Distribuição e estamos também expandindo em Recife e olhando para os estados do Nordeste que fazem sentido expandir a parte de logística”, afirmou Mazini. O Centro de Distribuição (CD) no Ceará foi inaugurado em outubro de 2021.
Portanto, vale frisar, conforme a fala de Mazini, que é um crescimento logístico e não físico do CD no Estado.
Por meio de "uma série de avanços tecnológicos, logísticos e operacionais, (a empresa) busca expandir a distribuição dos produtos da companhia no estado do Ceará", complementa a Amazon, em comunicado ao O POVO.
"Nesse momento, a Amazon não confirma planos para a expansão física do Centro de Distribuição de Itaitinga, que está em operação desde 2021 e ocupa uma área de 55 mil metros quadrados, o equivalente a quase cinco campos de futebol. A empresa tem como política não divulgar planos futuros", acrescenta o informe.
Assim, a estratégia da empresa para o Nordeste, de acordo com o presidente, é de criar mais Estações de Entrega (EE), locais onde as mercadorias são despachadas ao destino final, que fiquem localizadas perto das grandes capitais da região com a finalidade de melhorar a logística.
“A expansão mais visível que a gente vai ter agora é de velocidade com Estações de Entrega. A gente já tem os armazéns para guardar os produtos e a gente quer ficar cada vez mais rápido”, disse o presidente da Amazon.
O Centro de Distribuição (CD) de mercadorias da gigante do e-commerce mundial, em Itaitinga, processa até 90 mil produtos por dia, segundo a empresa.
O Ceará tem o único imóvel da multinacional que conecta Centro de Distribuição e Estação de Entrega. De acordo com o Relatório de Impacto Econômico e de Investimentos da Amazon, divulgado na última terça-feira, 16, desde o início da operação da empresa no Ceará, R$ 477 milhões foram investidos e, desse investimento, R$ 451 milhões contribuíram para o PIB. Conforme estimativa, cerca de 700 empregos diretos e indiretos foram gerados pela empresa no Estado.
"A gente vai continuar com foco muito grande no Nordeste porque a gente viu o resultado do investimento por lá acontecendo", declarou Mazini.
Com relação aos sellers, vendedores da plataforma da Amazon, o relatório destaca que eles estão presentes em todos os estados do Brasil. Mais de 78 mil parceiros vendem no e-commerce e 72% das vendas realizadas na plataforma, dividida entre varejo e marketplace, são realizadas por pequenas e médias empresas.
O diretor de marketplace da Amazon, Ricardo Garrido, disse à rádio O POVO CBN que, no Nordeste, houve uma adesão de vendedores à plataforma “maior do que em outras regiões”.
“A gente tem uma participação desproporcional [no Nordeste]. A mesma coisa que aconteceu com os compradores a gente vê acontecendo com os sellers (vendedores). O fato da gente ter uma presença local, com Centros de Distribuição grandes em Fortaleza e em Recife, o fato da gente oferecer o frete grátis e rápido pros clientes do Nordeste faz com que a gente tenha mais demanda, os empresários locais percebem isso e tem um interesse maior”, afirmou Garrido.
Uma dessas vendedoras é Mirella Coutinho, de 31 anos, fundadora da marca Roscia, que produz joias autorais feitas à mão. A pernambucana começou a empreender em 2023. A empresa tem loja física em Recife, em Pernambuco, e entrega para todo o País pelo marketplace da Amazon.
Mirella cita o frete grátis para clientes Prime como um chamariz para que ela empreenda na plataforma. “Torna a logística do envio das joias muito atrativo para clientes de outros estados que se interessarem pelos meus produtos.
O presidente da Amazon no Brasil disse que “está muito cedo” para pensar em lojas físicas da empresa no País. No mundo todo, há unidades apenas nos Estados Unidos e no Reino Unido. Para Daniel Mazini, o formato “exige uma densidade que não há no território brasileiro”. Ele pontuou ainda que necessitaria de “uma dinâmica muito diferente” da existente no Brasil para implementar o serviço.
*A repórter da rádio O POVO CBN viajou a convite da Amazon
Matéria atualizada às 12h do dia 25 de abril de 2024 para acrescentar nota da Amazon sobre expansão da logística no Ceará