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Regulamentar IA é essencial para manter empregos, diz ministro
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Regulamentar IA é essencial para manter empregos, diz ministro

|Trabalho| Marinho também defendeu regulamentação do trabalho dos motoristas de aplicativo
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Regulamentar inteligência artificial é essencial para manter empregos (Foto: © Valter Campanato/Agência Brasil)
Foto: © Valter Campanato/Agência Brasil Regulamentar inteligência artificial é essencial para manter empregos

O Brasil precisa fazer um debate sobre a regulamentação da inteligência artificial, para que as novas tecnologias não provoquem um "estrago inimaginável" no mercado de trabalho.

A preocupação é do ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, que fez um balanço dos avanços e desafios do mercado de trabalho brasileiro ontem no Dia do Trabalhador.

"Se não for regulada, a inteligência artificial vai provocar um estrago inimaginável no mercado de trabalho. Seja na comunicação, na tradução, no trabalho do teatro, do cinema, da educação. Na advocacia, no mundo judiciário, tudo isso vai ser atingido pela inteligência artificial, se não for regulado", alertou.

Para ele, a sociedade precisa fazer um debate ético globalmente sobre o tema. Marinho cita como exemplo os serviços de autoatendimento nos supermercados e a substituição dos serviços feitos pelos bancários pelo atendimento automático.

"Hoje em dia, você entra no mercado e já tem as maquininhas de autopagamento. Cada vez que você usa, você está prestando o serviço para a empresa que está te vendendo. Então, além de explorado pelo seu consumo, você está prestando o serviço para ele, diminuindo o custo para ele, mas quantos empregos você eliminou?", questiona.

Ele lembra que, há cerca de duas décadas, o Brasil tomou uma decisão importante: a de não substituir o trabalho de frentistas e de cobradores de ônibus por soluções tecnológicas.

Um dos temas que já está em debate no país é a regulamentação do trabalho de motoristas por aplicativo. A proposta tramita na Comissão de Indústria e Comércio da Câmara dos Deputados e deve ser encaminhada para votação em plenário no dia 12 de junho. Segundo Marinho, o governo admite mudanças no projeto de lei que trata da questão, desde que garanta os direitos dos profissionais. (Agência Brasil) 

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