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Empresa desmatou 1,7 hectare para o Fortal
Economia

Empresa desmatou 1,7 hectare para o Fortal

Área do aeroporto Pinto Martins
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Tipo Notícia

Dias antes da divulgação dos dados o desmatamento da mata atlântica passou a fomentar discussões no Ceará, quando organizadores do Fortal 2024 anunciaram a mudança do evento para um terreno no Aeroporto Pinto Martins, enfrentando contestação de órgãos ambientais, biólogos e ativistas.

Espaço teve 1,74 hectare de mata degrado em preparação para o festival. Na última quarta-feira, 22, um relatório do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente comprovou que a vegetação faz parte da mata atlântica. A empresa organizadora do evento foi autuada e voltou atrás na decisão, anunciando que a festa retornará à Cidade Fortal já existente, no bairro Manoel Dias Branco.

De acordo com Fernando Bezerra, secretário executivo da Secretaria de Meio Ambiente e Mudança do Clima (SEMA), a pasta, ao lado da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), realiza ações para garantir a preservação.  

Entre ações está, por exemplo, o reflorestamento de regiões degradadas. No entanto, o representante frisa a importância dos municípios cearenses agirem. 

A Lei nº 11.428/06 da Mata Atlântica, aprovada em 2006, destaca que as cidades devem "assumir sua parte na proteção" das florestas, assumindo mecanismo como o Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica. Ferramenta "reúne e normatiza os elementos necessários à proteção, conservação, recuperação e uso sustentável da Mata Atlântica".

Conforme Fernando Bezerra, apenas o município de Capistrano está atualmente com esse instrumento "praticamente concluído". "A maioria dos municípios ainda nem pensam nisso. É uma obrigação do município que tem Mata Atlântica", destaca.  

 

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