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Outros países avançam com falta de marco do H2V no Brasil, diz secretária
Economia

Outros países avançam com falta de marco do H2V no Brasil, diz secretária

| REGULAMENTAÇÃO | A titular da Secretaria das Relações Internacionais do Ceará, Roseane Medeiros, vê riscos em demora na aprovação de legislação sobre o hidrogênio verde
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Hidrogênio verde é aposta do Ceará para promover a neoindustrialização do Estado (Foto: Samuel Setubal/Especial para O Povo)
Foto: Samuel Setubal/Especial para O Povo Hidrogênio verde é aposta do Ceará para promover a neoindustrialização do Estado

A secretária das Relações Internacionais do Ceará, Roseane Medeiros, manifestou preocupação com a demora na regulamentação do mercado de hidrogênio verde (H2V) no Brasil, enquanto outros países começam a desenvolver e avançar no desenvolvimento de projetos de suas próprias cadeias produtivas relacionadas ao combustível.

“Precisamos ter regulamentação. Primeiro passo é o Brasil regulamentar a produção de hidrogênio verde, o que ainda não temos. E não são somente os investidores chineses, mas também os europeus e australianos que aguardam essa regulamentação para avançar em seus projetos no País. Por enquanto, eles estão estudando as condições aqui. O que eu posso lhe dizer é que sempre são citadas, como sendo uma das melhores do mundo. Mas isso por si só não é suficiente”, pontuou.

A declaração foi dada com exclusividade a O POVO, durante evento que celebrou os 50 anos do estabelecimento de relações comerciais entre Brasil e China, realizado na última semana, em Fortaleza, na Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), com o tema "Encontro de Oportunidades China-Brasil: Novas rotas para um novo tempo".

Ela alertou que vários outros países, inclusive no norte da Europa ou que estão mais próximos da Europa que também estão prospectando, estão estudando e têm projeto. "Tem o Chile também, que é outro país bastante avançado aqui”.

“Nós sabemos que a transição energética está em curso. É um momento muito delicado porque existem muitas oportunidades, mas também existem muitos riscos e os investimentos são muito altos. Claro que você não pode imaginar que, de repente, a gente vai desligar uma chave: não tem mais petróleo, agora só tem energia renovável. Isso não é viável. É o momento de transição”, acrescentou a secretária.

“O que ainda tem é muita incerteza sobre os fabricantes e sobre quem vai fornecer os equipamentos e é esse o momento em que todas as empresas estão analisando a viabilidade e já procurando, no caso de viabilizarem um projeto de produção, saber quem são os fornecedores de onde vão comprar energia, equipamentos, eletrolisadores”, avaliou.

Sobre o interesse específico dos chineses quanto à produção de H2V no Ceará, Roseane Medeiros, afirmou que o investimento nessa cadeia é um passo posterior. “Nesse momento eles são investidores na área de energia, principalmente, de energia solar. Eu vejo assim com muito otimismo essa parceria com a China”, disse a secretária.

Atualmente, o Ceará tem 36 memorandos de entendimento e 6 pré-contratos assinados para a produção de hidrogênio verde, no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp). A parceria do equipamento com o Porto de Roterdã é apontada como um dos diferenciais competitivos do estado em relação a concorrentes de outros estados.

No dia 8 de maio, o senador Cid Gomes (PDT-CE), que presidiu a Comissão Especial do Hidrogênio Verde (CEHV) chegou a afirmar que a regulamentação do mercado de hidrogênio verde seria votada no Senado ainda no mês recém-encerrado, o que acabou não ocorrendo.

Em novembro do ano passado, a Câmara havia aprovado um Projeto de Lei (PL) instituindo um marco legal do hidrogênio de baixo carbono, que inclui o H2V.

Confira quais empresas já assinaram Pré-Contratos para instalação de plantas industriais no hub de H2V do Ceará

  1. Fortescue
  2. AES Brasil
  3. Casa dos Ventos / Comerc Eficiência
  4. Cactus Energia Verde
  5. Confidencial (Governo do Ceará não divulgou a pedido da empresa)
  6. Voltalia

Confira quais empresas assinaram Memorandos de Entendimento (MoU) para instalar plantas industriais de hidrogênio verde no Pecém*

  1. Enegix Energy
  2. White Martins/Linde
  3. Qair
  4. Fortescue
  5. Eneva
  6. Diferencial
  7. Hytron
  8. H2helium
  9. Neoenergia
  10. Engie
  11. Transhydrogen Alliance
  12. Total Eren
  13. AES Brasil
  14. Cactus Energia Verde
  15. Casa dos Ventos
  16. H2 Green Power
  17. Comerc Eficiência
  18. Enel Green Power
  19. HDF
  20. Mitsui
  21. ABB
  22. Gold Wind
  23. Alupar
  24. Mingyang Smart Energy
  25. Spic
  26. Gansu Science & Technology Investment
  27. PowerChina
  28. Platform Zero (Complexo do Pecém + 13 instituições de cinco países)
  29. Green Hydrogen Corridor (Complexo do Pecém, AES Brasil, Casa dos Ventos, Comerc Eficiência, avenbedrijf Rotterdam, Fortescue e DP)
  30. Voltalia
  31. Lightsource bp
  32. EDF Renewables Brasil
  33. Go Verde
  34. Hitachi Energy Brasil LTDA
  35. Grupo Jepri
  36. BP Energy
    *Como o memorando de entendimento é o passo inicial, existem casos de empresas com MoU que também assinaram pré-contrato

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