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Bancos serão decisivos para mudar arquitetura financeira internacional
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Bancos serão decisivos para mudar arquitetura financeira internacional

| CENTRAIS E DE DESENVOLVIMENTO | Análise é de representantes da Fazenda e do BC
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 GT de Arquitetura Financeira Internacional, em Fortaleza, começou na segunda-feira, 10, e foi concluído ontem (Foto: G20/Divulgação)
Foto: G20/Divulgação GT de Arquitetura Financeira Internacional, em Fortaleza, começou na segunda-feira, 10, e foi concluído ontem

Representantes do Ministério da Fazenda e do Banco Central no Grupo de Trabalho sobre Arquitetura Financeira Internacional do G20, realizado em Fortaleza, defenderam a importância dos bancos de desenvolvimento e dos bancos centrais na mudança da dinâmica econômica global, alinhada às necessidades do Século XXI e da redução das desigualdades entre os países.

Para a secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Tatiana Rosito, lembrou que “o sistema de financiamento do desenvolvimento internacional hoje vigente foi construído no pós-Segunda Guerra Mundial e aí aos poucos com o surgimento do Banco Mundial e depois dos bancos regionais, como é o caso do Banco dos Brics tivemos mais recentemente algumas novidades que fizeram com que sistema já tenha entrado em um processo de transformação”.

Ela voltou a citar o exemplo do Banco dos Brics, oficialmente Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), mas também o do Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (BAII). Ambos, segundo Tatiana, já promoveram as primeiras mudanças no eixo global das políticas de financiamento. “O NDB é formado apenas por países emergentes ou em desenvolvimento e o BAII tem uma composição mais ampla, mas tendo como principal acionista a China, ao passo que no caso do Banco Mundial são os Estados Unidos”, exemplificou.

Por sua vez, o chefe do departamento de Assuntos Internacionais do Banco Central do Brasil, Marcelo Aragão, destacou a importância da formação de uma rede de bancos centrais. Segundo Aragão, essa rede ajuda na consolidação de uma estabilidade financeira mundial. “Ela faz com que as coisas se deem no ritmo necessário e sem sobressaltos. Não se quer chegar muito rápido no momento em que você não consegue utilizar aquele recurso, mas também não se quer que você tenha momentos de escassez quando aquele recurso se faz ainda mais necessário”, pontuou.

A reunião do GT de Arquitetura Financeira Internacional, em Fortaleza, começou na segunda-feira, 10, e foi concluída ontem, tendo a participação de mais de 200 representantes dos países membros do G-20, bem como de organizações internacionais e bancos multilaterais.

Foram discutidos temas como sistemas para pagamentos entre países, dívida externa e acesso de países do chamado Sul Global a crédito para investimentos.

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