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Docas do Ceará vai investir R$ 100 mi e quer atrair mais R$ 350 mi com leilão
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Docas do Ceará vai investir R$ 100 mi e quer atrair mais R$ 350 mi com leilão

|TERMINAL DE CONTÊINERES| Investimentos no Porto de Fortaleza terão como principal foco a modernização
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TERMINAL de contêineres do Porto de Fortaleza deve movimentar 150 mil TEUs em 2024, ante 92,7 mil em 2023 (Foto: FCO FONTENELE)
Foto: FCO FONTENELE TERMINAL de contêineres do Porto de Fortaleza deve movimentar 150 mil TEUs em 2024, ante 92,7 mil em 2023

A Companhia Docas do Ceará (CDC) vai investir mais de R$ 100 milhões em projetos de modernização, recuperação e ampliação de equipamentos e infraestrutura, bem como na qualificação de pessoal com vistas a incrementar a movimentação de carga no Porto de Fortaleza e viabilizar a realização do leilão de arrendamento definitivo do Terminal de Contêineres.

A informação, inicialmente, repassada a empresários do agronegócio cearense e à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec) foi detalhada ao O POVO pelo diretor-presidente da CDC, Lúcio Gomes, que destacou, ainda o aumento no volume de cargas movimentado em 2023 e a previsão de uma nova expansão em 2024.

Nesse sentido, conforme o gestor, o Porto de Fortaleza passou de 56.860 TEUs (principal unidade de medida de contêineres) em 2022 para 92.743 no ano passado. Para este ano, a expectativa é de uma movimentação de 150 mil TEUs.

No caso específico do Terminal de Contêineres, a expectativa é a de que novos investimentos possam chegar a R$ 350 milhões pela empresa ou consórcio que venha a vencer o leilão de arrendamento definitivo.

A licitação está em fase de elaboração pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). “A área arrendada para o Terminal de Contêineres vai ser incrementada em 50%. Nós vamos passar para 13,4 hectares. Tem várias vantagens com esse leilão. A primeira é que a gente sai de um contrato transitório para um contrato permanente”, ressaltou Lúcio Gomes.

“Isso é bom não só para a Docas, mas também para o próprio investidor porque ele vai poder fazer investimentos perenes. Ele tem um contrato lá de 35 a 70 anos e aí hoje o que ele faz de investimento é coisa que não é imobilizada. Para você ter uma ideia, no ano passado, eles investiram R$ 80 milhões em equipamentos que são gigantescos e se eles não ganharem o certame definitivo, eles desmontam esse equipamento e levam embora”, exemplificou o diretor-presidente da CDC.

“Com a área do terminal de contêineres tendo um operador permanente, ele vai poder, inclusive, instalar equipamentos muito maiores, com mais capacidade e que deem mais agilidade. Esses novos investimentos, que podem chegar a R$ 350 milhões, serão permanentes para o Porto. Ao final do arrendamento esses investimentos serão revertidos ao patrimônio da Companhia Docas e ao patrimônio da União”, acrescentou.

“Além do quê, havendo a disputa que a gente espera que haja, nós teremos também um pagamento de outorga. Nós estamos bastante otimistas com esse equipamento. Eu acho que vai, inclusive, alavancar o Porto e trazer uma expectativa de crescimento muito maior”, projetou. Entre os investimentos próprios que a CDC vai realizar antes da licitação, Gomes citou a modernização das ferramentas de videomonitoramento.

“O nosso sistema de CFTV (sistemas de radiocomunicação e câmeras de segurança) tem, hoje, cerca de 85 câmeras em operação, mas foi concebido há sete anos. Então, são câmeras com características superadas tecnologicamente. Nos próximos dias, nós vamos lançar a licitação para 304 câmeras. Nós estamos simplesmente triplicando a quantidade de câmeras”, exaltou o diretor-presidente da Companhia Docas do Ceará.

Presente ao almoço de apresentação dos novos projetos da CDC ao setor do agronegócio, o presidente da Faec, Amílcar Silveira, reforçou que o fortalecimento do Porto é fundamental. "As operações que passam por lá, boa parte são do agronegócio. Além de petróleo, outro de grande volume é o trigo. Então, é importante para nós que o Porto esteja forte para poder receber esse e outros produtos." (Colaborou Fabiana Melo)

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FORTALEZA, CEARÁ, BRASIL, 07-12-2023: Ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, Paulo Câmara, presidente do Banco do Nordeste e Lúcio Ferreira Gomes fazem uma visita técnica ao Porto de Fortaleza. (Foto: Samuel Setubal)
FORTALEZA, CEARÁ, BRASIL, 07-12-2023: Ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, Paulo Câmara, presidente do Banco do Nordeste e Lúcio Ferreira Gomes fazem uma visita técnica ao Porto de Fortaleza. (Foto: Samuel Setubal)

Porto vai ampliar também quadro pessoal com concursos

Além dos investimentos em infraestrutura e equipamentos, o diretor-presidente da Companhia Docas do Ceará (CDC), Lúcio Gomes, destacou a importância em qualificar e ampliar o quadro de servidores e demais profissionais que trabalham no Porto de Fortaleza, inclusive, por meio de concursos.

“Nós temos procurado cada vez mais nos aproximar da academia, que tem expertise em algumas áreas como mapeamento de processos. A Universidade Estadual do Vale do Acaraú (UVA), por exemplo, vai preparar um concurso para que a gente possa repor o setor administrativo. Hoje, nós temos, por exemplo, 64 pessoas nos quadros da empresa, sendo que 47 delas já estão aposentadas. Daí, é possível se ter uma ideia da nossa necessidade de pessoal”, detalhou o gestor.

Vale lembrar que a CDC fez um concurso no ano passado para a contratação de 37 guardas portuários. “A gente já fez o treinamento deles. Nós estamos com as últimas providências para que eles possam ser incorporados. Hoje, nós temos apenas 20 e alguma coisa de terceirização. Nós vamos diminuir a terceirização e substituir parte dela por guardas da própria Docas”, destacou.

“Enfim, temos diversas ações que são para dentro da própria empresa. Nós estamos fazendo parcerias, nesse sentido, com o Instituto Euvaldo Lodi (IEL), que é ligado à Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), com a Universidade de Fortaleza (Unifor) e com a própria UVA”, concluiu.

Dados

Projetos também incluem proteção de dados do equipamento e prevenção a ataques de hackers, tal como o que foi registrado em 2019, quando informações do porto foram, simplesmente, apagadas

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