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Eólicas offshore podem incrementar potencial energético
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Eólicas offshore podem incrementar potencial energético

Ceará tem 25 pedidos de licença de construção de usinas eólicas offshore, que somam 64,1 GW
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Produção de energia eólica offshore no Brasil ainda está em fase de estudos; operação já é realidade na Europa (Foto: Tristan Stedman/Vestas/Divulgação)
Foto: Tristan Stedman/Vestas/Divulgação Produção de energia eólica offshore no Brasil ainda está em fase de estudos; operação já é realidade na Europa

Apesar da perda relativa de espaço para os projetos de geração de energia solar fotovoltaica, o mercado de energia eólica aposta na regulamentação da implantação desse tipo de usina em alto mar, as chamadas plantas industriais offshore.

Hoje, no Ceará, são 25 pedidos de licença de construção de usinas eólicas offshore junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que somam 64,1 GW, sendo que em todo o Nordeste são 48 projetos que somam 109,8 GW.

Em número de projetos e potencial energético relativos às eólicas offshore, o Estado somente perde para o Rio Grande do Sul, com 27 pedidos de licenciamento para usinas com 69,3 GW previstos.

“O Ceará que tem apenas 2,26% do PIB do Brasil, mas está muito forte em termos de energia offshore. Só pra você ter uma ideia, o PIB do do Rio Grande do Sul é quase três vezes maior do que o do Ceará, mas as empresas do setor estão muito interessadas em estudar as condições de construir usinas aqui”, afirma o economista e sócio da Astor BFA IB, Célio Fernando Melo.

“Só a Petrobras colocou três projetos no Ceará: Fortaleza, Piedade e Prazeres, que representam 6,8 GW, os três”, exemplifica Melo. “Quando vier a regulação das energias, talvez a gente possa ter leilões de usinas offshore”, acrescenta.

“Do ponto de vista tecnológico, estudos feitos com o governo da Dinamarca apontam, por exemplo, que deve ser um cabo Power Line Communication (PLC), no qual você faz a transmissão de energia e a comunicação de dados”, explica.

O especialista cita, contudo, os principais desafios para que a geração de energia eólica offshore se torne uma realidade nas próximas três décadas, para além da redução dos custos.

“Você tem que entender navegação de cabotagem, os cabos transoceânicos, o cenário turístico, a pesca artesanal e até a regulação das bases das torres eólicas”, enumera.

Nesse sentido, ele lembra que as bases das torres eólicas podem funcionar, inclusive, de forma semelhante a recifes artificiais.

“As bases poderão ser importantes até para a melhoria de habitats marinhos e o Estado já está bem à frente nesses estudos”, disse.

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