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Grupo Edson Queiroz tem interesse em operar gás no Complexo do Pecém
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Grupo Edson Queiroz tem interesse em operar gás no Complexo do Pecém

| MERCADO | Grupo empresarial dono da Nacional Gás confirmou a participação em processo de escolha do espaço de regás no Porto do Pecém. Expectativa é de que escolha seja feita até o fim do ano
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ROTELLA destacou também a perspectiva positiva em relação oa mercado de gás natural (Foto: André Lima/ Divulgação Lide Ceará)
Foto: André Lima/ Divulgação Lide Ceará ROTELLA destacou também a perspectiva positiva em relação oa mercado de gás natural

O Grupo Edson Queiroz (GEQ) é um dos postulantes à operação da área de regaseificação (regás) do Porto do Pecém. O POVO confirmou a informação com exclusividade com o presidente executivo do GEQ, Carlos Rotella.

O grupo empresarial é dono da Nacional Gás e tem forte presença no mercado de distribuição de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) em botijões de 13 kg, além do fornecimento para empresas, sendo a maior do ramo no Norte e Nordeste.

Segundo o executivo, o grupo enxerga positivamente a participação no processo seletivo a ser conduzido pelo Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp) para a escolha do operador desse espaço de operação para fornecimento de gás natural, que diz respeito à movimentação de Gás Natural Liquefeito (GNL).

"Vamos, sim, participar. Entendo que é uma boa oportunidade para o grupo (de desenvolvimento no mercado de gás), mas não posso detalhar", afirmou.

Conforme O POVO apurou, existe a expectativa de que a decisão do Complexo do Pecém sobre o operador deste espaço de regás ocorra ainda neste ano.

O anúncio de que a direção do Cipp realizaria um processo seletivo para a operação de regás ocorreu no último dia 9/7, pelo presidente do Complexo do Pecém, Hugo Figueiredo.

De acordo com o publicado pelo O POVO, naquela oportunidade Hugo detalhou que a Petrobras e mais três empresas já haviam demonstrado interesse em operar o espaço. Devido a alta demanda, a escolha seria feita por meio de um processo seletivo neste segundo semestre.

A escolha de um processo seletivo é um movimento similar ao feito para decidir a nova operadora do Píer 2, separado para operação de amônia verde e que culminou na escolha do consórcio europeu Stolthaven.

O consórcio deve assinar contrato nos próximos meses após as discussões contratuais e a instalação está prevista para ocorrer logo em seguida e cronograma de obras estimado para 2028.

O posicionamento do Grupo Edson Queiroz demonstra apetite de investimentos com foco no mercado de gás. Em março passado, foi anunciado investimento potencial de R$ 1,2 bilhão para a construção de um terminal de armazenamento de GLP no Porto de Suape, em Pernambuco.

O movimento deve ser concretizado a partir da formação de parceria empresarial do GEQ com Oiltanking e Copa Energia. A operação do terminal terá capacidade de armazenamento de 120 mil metros cúbicos (m³) de GLP, com entrega prevista para a metade de 2027.

Sobre as expectativas de negócios para esse ano, Carlos destaca que o volume de negócios deve evoluir em relação a 2023 entre 1% e 2%.

O executivo destaca que a demanda por botijões de gás nas revendas segue estável e o maior avanço é observado na demanda das empresas, enfatiza ainda o trabalho feito pelo Grupo na transição energética dos parceiros, de fontes fósseis para o gás natural.

"Temos duas gerências distintas (revenda e empresarial). Observamos que no empresarial tivemos uma boa evolução em relação à indústria, comércio e serviços, com uma boa evolução frente ao ano anterior, o que nos deixa bastante animados", disse.

Atualizado em 31/7, às 11h30min

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