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Terminal de GLP de 82,9 mil m³ de capacidade recebe licença de instalação no Pecém
Economia

Terminal de GLP de 82,9 mil m³ de capacidade recebe licença de instalação no Pecém

| Informou Semace | Supergasbras deve investir mais de R$ 1 bilhão no empreendimento, que tem até julho de 2028 para concluir obras
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A Supergasbras já tinha um centro de distribuição no município de Caucaia. (Foto: Gladison de Oliveira / Complexo do Pecém)
Foto: Gladison de Oliveira / Complexo do Pecém A Supergasbras já tinha um centro de distribuição no município de Caucaia.

O terminal de gás liquefeito de petróleo (GLP) de 82.906 metro cúbicos (m³) de armazenamento total projetado para o Porto do Pecém pela distribuidora internacional Supergasbras  teve a licença de instalação emitida pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente do Ceará (Semace).

Dados enviados pela empresa ao órgão do governo cearense indicam que o investimento estimado na instalação é de R$ 1.002.727.833,76 com cronograma de instalação e quatro anos. A licença estabelece um prazo de até 2 de julho de 2028 para a conclusão do processo.

Além do terminal, um gasoduto de 1.047 metros também está incluído no projeto. Do total de armazenagem, informou a Semace, 76.550 m³ são destinados a GLP líquido a -47°C e os outros 6.356m³ são de GLP líquido em temperatura ambiente. O GLP é usado nos botijões de gás de cozinha.

Trâmites

Najara Lima, gerente de Controle Ambiental da Semace, afirmou ao O POVO que a Superintendência destinou bastante atenção ao projeto dada a localização, uma das mais visadas do Estado para empreendimentos industriais e bem próxima ao mar.

Ela ainda contou que foi exigido da Supergasbrás uma atualização para a Semace em qualquer equipamento feito no projeto. Isso, explicou, porque o tempo para a instalação é longo e as empresas costumam alterar a planta para equipamentos mais modernos ao longo do processo.

"A gente não fixou prazos para a Supergasbrás apresentar os projetos definitivos. A gente fixo que eles nos apresentem antes do início da instalação", complementou.

Histórico

A licença já era visada desde abril do ano passado, quando o superintendente da Semace, Carlos Alberto, e a diretora da Diretoria de Controle e Proteção Ambiental (Dicop), Emanuelle Leitão, receberam representantes da Supergasbras e o diretor de engenharia do CIPP, Fábio Abreu.

Na ocasião, a companhia do grupo holandês SHV Energy apresentou um Estudo de Viabilidade Ambiental (EVA) do projeto, cujo intuito era avaliar se havia, de fato, viabilidade ambiental para o empreendimento, bem como definir as melhores opções de locação para o Terminal, conforme comunicado pela pasta governamental.

Foi citado, ainda, que o objetivo era tanto atender as demandas de mercado do Ceará quanto exportar parte do GLP.

“Esse tipo de gás tem baixíssima emissão de poluentes, sendo utilizado tanto em atividades domésticas quanto industriais, o que é um ponto importante para a matriz energética de baixo carbono do Estado”, informou a Semace.

Supergasbras no Ceará

A Supergasbras já tinha um centro de distribuição no município de Caucaia, onde o Cipp está localizado, desde 2019.

O investimento inicial foi de R$ 3 milhões, com uma capacidade de armazenagem acima de 99 mil quilogramas (kg) de gás.

De lá para cá, a expectativa da empresa era de ampliar a participação no mercado cearense.

Em 2022, a companhia havia, inclusive, anunciado um investimento de R$ 920 milhões em um terminal portuário para estocagem refrigerada do GLP no Pecém, cuja capacidade seria de 43 mil toneladas.

Já a previsão de movimentação ficava em torno de 480 mil toneladas por ano. O gás teria como origem os Estados Unidos e seria distribuído para o Nordeste brasileiro.

O POVO entrou em contato com a Supergasbras, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição. Já o Cipp disse que não iria comentar a emissão da licença de instalação do empreendimento.

*Com informações de Irna Cavalcante, Ana Luiza Serrão e Pipeline

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