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Ceará aumenta em 11% sua produção industrial em junho, 4ª maior alta do Brasil
Economia

Ceará aumenta em 11% sua produção industrial em junho, 4ª maior alta do Brasil

| PIM-IBGE | Destaque foi para a fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos, com crescimento de 55,4%
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Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) (Foto: FÁBIO LIMA)
Foto: FÁBIO LIMA Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM)

O Ceará elevou sua produção física da indústria geral em 11,1% em junho deste ano, em comparação a igual mês do ano anterior. O montante ficou como a quarta maior alta do Brasil e a terceira da região Nordeste, atrás do Maranhão (17,3%), Rio Grande do Norte (15,2%) e Mato Grosso do Sul (14,1%).

Os dados regionais, divulgados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ontem, 8, indicam aumento de 1,6% na indústria geral em junho ante maio deste ano. Já a alta no acumulado do ano foi de 7,3% e nos últimos 12 meses de 1,4%, na comparação anual.

O economista-chefe do Observatório da Indústria da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Guilherme Muchale, acredita que o Estado tenha se beneficiado de políticas relacionadas à valorização do salário mínimo, de transferência de renda e do crescimento do consumo com taxas de juros mais baixas.

Somado a isso, houve um processo estatístico na base de comparação, em que 2023 foi um ano que o Ceará teve resultados abaixo da média do País, o que culminou em uma perspectiva positiva agora, atrelada a investimentos tanto públicos quanto privados, especialmente em infraestrutura, segundo Guilherme.

“Isso faz com que o Ceará seja o segundo estado do Brasil com a maior variação no acumulado do ano, atrás apenas de Goiás (7,6%), apresentando uma variação de 7,3%; resultado também acima da média do Nordeste (-0,4%), e do Brasil, que teve um crescimento de 2,6%”, detalha.

O destaque cearense foi para a fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos, com crescimento de 55,4% em junho de 2024 em relação a igual mês de 2023. A fabricação de produtos têxteis foi outro destaque em junho deste ano contra junho do ano passado, crescendo 49%.

Em seguida, a preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados, com alta de 30,3% no mesmo período; bem como a confecção de artigos de vestuário e acessórios (19%), as indústrias de transformação (11%) e a fabricação de produtos químicos (9%).

Enquanto a fabricação de bebidas subiu 3,9% em junho, em relação a igual mês do ano anterior. A fabricação de produtos de minerais não metálicos também ficou 1,6% maior no mesmo período e a fabricação de produtos alimentícios, 0,3%.

Todavia, nem todos os segmentos apresentaram dados positivos em junho, na comparação ano a ano. Este é o caso da fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos, com recuo de 21,6%, e da fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis, com queda de 4,7%.

Já a perspectiva do economista Guilherme Muchale é positiva para o setor industrial do Estado em 2024, tanto para a indústria da transformação como para a construção, mas faz ressalvas quanto ao ritmo do último trimestre. “A tendência é que o crescimento de mais de 7% convirja para um crescimento próximo a 5%”.

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Produção industrial cai no Nordeste, mas cresce no Brasil

A produção física da indústria geral no Nordeste foi negativa em todas as variações em junho, com queda de 1,2% em comparação a igual mês de 2023, de 0,4% no acumulado do ano, de 1,5% nos últimos 12 meses e de 6% em relação a maio deste ano.

Ao passo que a produção da indústria geral foi maior em 11 dos 18 locais pesquisados no Brasil em junho de 2024 ante junho de 2023, com Maranhão (17,3%) na liderança, seguido por Rio Grande do Norte (15,2%), Mato Grosso do Sul (14,1%) e Ceará (11,1%).

Logo após, positivamente, encontram-se os estados do Pará (10,5%), São Paulo (8,6%), Paraná (7,4%), Rio de Janeiro (2,6%), Santa Catarina (2%), Minas Gerais (1,5%) e Bahia (0,5%), na comparação anual entre os meses de junho de 2024 e 2023.

Espírito Santo (-9,6%), Amazonas (-5,7%), Mato Grosso (-3,1%), Pernambuco (-2,8%), Goiás (-1,7%), Região Nordeste (-1,2%) e Rio Grande do Sul (-0,5%) foram as localidades com variações negativas no mesmo período.

O economista-chefe do Observatório da Indústria da Fiec, Guilherme Muchale, explica que existem diferenças no Nordeste que justificam o resultado, com vetores econômicos e dinâmicas distintas em cada Estado, além de políticas públicas específicas.(Com Agência Estado)

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