O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse ontem que a autarquia depende de novos dados sobre a evolução da inflação e que uma alta da Selic (a taxa básica de juros) "está na mesa" do Copom.
Segundo Galípolo, o colegiado também não forneceu nenhum guidance (sinalização) para decisões futuras na ata da última reunião, que aconteceu no final de julho.
Segundo ele, a menção na ata a cenário alternativo em que o IPCA ficaria em 3,2% no primeiro trimestre de 2026 - considerando hoje o horizonte relevante da atual política monetária - não deve ser lido como um indicativo de que o BC irá, necessariamente, manter a Selic parada em 10,5%.
"Essa frase foi lida como retirar da mesa a possibilidade de alta[NA SELIC], mas esse não é o diagnóstico. A alta está na mesa do Copom e precisamos ver como a situação irá se desdobrar", afirmou Galípolo, durante evento promovido pela Warren Investimentos.
Ele disse que a atuação do colegiado saiu de um ciclo de corte para uma percepção de que o Copom está disposto a conviver com um juro mais alto por mais tempo e que, se for necessário, pode haver alta de juro. (Agência Estado)