O Ceará registrou 3.488 novos postos de trabalho formal em julho de 2024 e emplacou o sétimo mês consecutivo de geração de emprego, segundo indicam dados divulgados ontem pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego. Desde dezembro do ano passado, quando 4.098 empregos com carteira assinada foram extintos, o Estado não deixa de ampliar o mercado de trabalho.
A marca atingida em julho, na prática, representa uma redução do ritmo de contratações, mas mantém o saldo positivo no ano. Em junho o saldo ficou em 7.679 postos, em maio atingiu 7.186, em abril foram 5.646 e em março a geração chegou a 6.194 vagas. O dado do mês passado foi acima somente de fevereiro (3.420) e janeiro (1.375).
No ano, os dados do Caged indicam um saldo positivo de 34.988 postos de trabalho criados a partir das 359.472 admissões e dos 324.484 desligamentos. O estoque de emprego no Estado gira em torno dos 1,3 milhão.
A indústria foi a maior responsável pela criação de vagas de emprego formal no Ceará, com um saldo positivo de 1.893 postos em julho. Em seguida vieram os negócios ligados ao comércio, com a geração de 1.303. Apenas o setor de serviços perdeu vagas em julho no Ceará.
Já no Brasil, após subir em junho, a criação de emprego formal caiu em julho. Foram 188.021 postos de trabalho com carteira assinada abertos no último mês. O indicador mede a diferença entre contratações e demissões. A criação de empregos subiu 32,3% ante igual mês do ano passado. Em julho de 2023, tinham sido criados 142.107 postos de trabalho, nos dados com ajuste, que consideram declarações entregues em atraso pelos empregadores. Em relação aos meses de julho, o volume foi o maior desde 2022. Nos sete primeiros meses do ano, foram abertas 1.492.214 vagas. Esse resultado é 27,2% mais alto que no mesmo período do ano passado.
O resultado acumulado é o maior desde 2021, quando tinham sido criados 1.787.662 postos de trabalho de janeiro a julho. A mudança da metodologia do Caged não torna possível a comparação com anos anteriores a 2020.
Apesar da aceleração em julho, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, manifestou preocupação com um possível aumento de juros. "Isso é uma aberração econômica. Espero que o Banco Central fale sobre controlar a inflação pela oferta, não pela restrição de demanda", disse. (Com Agência Estado)
Empregos no Estado
HISTÓRICO DE SALDOS
Julho: 3.488
Junho: 7.679
Maio: 7.186
Abril: 5.646
Março: 6.194
Fevereiro: 3.420
Janeiro: 1.375
SALDO POR ATIVIDADE EM JULHO
Indústria: 1.893
Comércio: 1.303
Agropecuária: 519
Construção: 295
Não identificado: -2
Serviços: -520
EMPREGO GERADO
NO PAÍS
Sudeste: 82.549
Nordeste: 39.341
Sul: 33.025
Centro-Oeste: 15.347
Norte: 13.500
Não identificado: 4.259
Fonte: Caged