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Uece e Energia Pecém assinam acordo de R$ 2,5 mi para desenvolver biocarvão
Economia

Uece e Energia Pecém assinam acordo de R$ 2,5 mi para desenvolver biocarvão

| PDI | Instituições assinaram memorando de entendimento para Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação na produção de carvão híbrido, a partir da biomassa de coco
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PARCERIA prevê investimento de R$ 2,5 mi (Foto: Matheus Souza)
Foto: Matheus Souza PARCERIA prevê investimento de R$ 2,5 mi

A Energia Pecém, responsável pela Usina Termelétrica (UTE) Pecém I, e a Universidade Estadual do Ceará (Uece), assinaram ontem um memorando de entendimento para desenvolver o chamado carvão híbrido ou biocarvão. A parceria envolve investimentos de R$ 2,5 milhões.

O plano é desenvolver este tipo de combustível para substituir o tipo mineral e dar o primeiro passo na transição energética para o gás natural e, futuramente, para o hidrogênio verde. Vale lembrar, que a Usina abriga, atualmente, a principal planta piloto de produção desse último combustível no País.

O foco é na Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI) do produto. A previsão do projeto em São Gonçalo do Amarante é durar 24 meses.

A ideia da união é a avaliação da queima associada entre o biocarvão e o carvão mineral para a geração de energia. Também será analisado o uso do biocarvão produzido a partir de resíduos de esgoto pelo processamento termoquímico do lodo da estação de tratamento de esgoto.

O presidente da Energia Pecém, Carlos Baldi, detalhou que a nova tecnologia pode reduzir a emissão de CO2 na faixa de 20% a 45% como combustível da usina.

“É um projeto que engloba toda a cadeia, até a gente poder, efetivamente, utilizar esse carvão na caldeira. O trabalho vai ver se esse material tem características de poder calorífico análogas às que a gente tem aqui com o carvão mineral, mas tem outras peculiaridades que precisam ser estudadas para ver como a gente faz essa mistura”.

De acordo com a coordenadora do projeto e docente da Uece, Mona Lisa Moura, a participação da universidade na parceria se dá por meio do Laboratório de Conversão Energética e Inovação e envolve profissionais pesquisadores e alunos ligados à instituição e ao Instituto Desenvolvimento, Estratégia e Conhecimento (Idesco).

“Entendemos que o projeto contribui para além da iniciativa de descarbonização da térmica, ampliando a capacitação de recursos humanos especializado na área no estado do Ceará”, ressalta a pesquisadora, nesse sentido.

Por sua vez, o sócio fundador da Mercurio Asset (empresa acionista majoritária da Energia Pecém), Alexandre Americano, a ideia é transformar a usina em hub de energia.

“Esse projeto é muito consistente com a ideia de a usina participar do próximo leilão de gás natural para fazer a transição energética, utilizando o terminal existente e ampliando a nossa capacidade de geração de energia”, disse o executivo.

“Dentro dessa engenharia a gente já está olhando mais à frente, aproveitando o que já foi desenvolvido pela EDP com relação ao hidrogênio verde. Esse novo projeto com gás natural já contempla turbinas que vão poder fazer a queima do gás natural com o próprio hidrogênio”, conclui. 

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TERMELÉTRICA ENERGIA PECÉM

CAPACIDADE TOTAL: 720 MW

CAPACIDADE MÁXIMA DE GERAÇÃO: 5.500 GWh (50% da capacidade geradora do Ceará)

NÚMERO DE PESSOAS QUE PODEM SER ATENDIDAS:
5,6 milhões

NÚMERO DE UNIDADES GERADORAS: 2

INÍCIO DAS OPERAÇÕES: dezembro de 2012

INVESTIMENTO EM PESQUISA E DESENVOLVIMENTO: superior a R$ 70 milhões

ACIONISTA MAJORITÁRIO: Mercurio Asset (que detém 80% do capital)

Fonte: Energia Pecém

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