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IA não substituirá pessoas, mas exigirá adaptação dos profissionais, alerta Martha Gabriel
Economia

IA não substituirá pessoas, mas exigirá adaptação dos profissionais, alerta Martha Gabriel

Futura Trends| Especialista avaliou que profissionais que não dominarem a Inteligência Artificial ficarão para trás, em evento sobre tecnologia
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MARTHA Gabriel alertou para os riscos da não regulamentação da IA (Foto: FOTOS: João Filho Tavares)
Foto: FOTOS: João Filho Tavares MARTHA Gabriel alertou para os riscos da não regulamentação da IA

“A tecnologia não substitui pessoas, pelo menos não diretamente, ela substitui atividades. Quem substitui pessoas são outras pessoas que utilizam a tecnologia de uma maneira melhor”.

Com essa ideia como premissa, a futurista Martha Gabriel, autora de best sellers como “Você, Eu e os Robôs: como se transformar no profissional digital do futuro”, rebateu visões fatalistas quanto o acelerado desenvolvimento da chamada Inteligência Artificial, em palestra ministrada durante o 14º Futura Trends, realizado ontem, no Teatro RioMar, em Fortaleza.

O evento teve como tema “Transformação Digital, Liderança e Inovação Disruptiva: Tecnologias, Talentos e Processos Necessários às Organizações de Sucesso”, ampliando as discussões decorrentes da rápida expansão do uso de ferramentas de Inteligência Artificial ocorrida nos últimos dois anos e que tem o ChatGPT, como um dos maiores símbolos do novo momento tecnológico.

“O passo a passo para chegar junto do desenvolvimento dessas ferramentas é você usar a tecnologia também para se vencer esse gap. Se isso não acontecer, a gente fica para trás”, apontou Martha, alertando, contudo, que “Na hora em que se chegar com a IA no nível humano e com a superinteligência, ninguém consegue prever o que vai acontecer”.

Nesse sentido, João Dummar Neto, presidente do Grupo de Comunicação O POVO, que organiza o evento, destaca que o Futura Trends, trouxe em 2024, “a provocação em cima da Inteligência Artificial. Nós queremos saber como ela interfere na vida das pessoas, como interfere na nossa vida, o que é que a gente vai mudar no nosso dia a dia, com o vizinho ou com a sociedade”.

Também falando sobre o impacto da IA no mercado de trabalho, o professor de Gestão de Políticas Públicas na Universidade de São Paulo (USP), Pablo Ortellado, ponderou que a velocidade dessa transformação pode ser menor que a prevista inicialmente, com a chegada do ChatGPT.

“A gente achava que a cada seis meses ela ia evoluir rapidamente, mas não foi exatamente assim que ocorreu. Pode ser que esse desenvolvimento não seja tão acelerado e não substitua trabalho tão rapidamente como a gente pensava há um ano”, observa.

Outro tema discutido no Futura Trends 2024, foi o impacto que a tecnologia pode ter sobre a segurança de dados. “Um exemplo de risco que essa tecnologia pode trazer é a questão do deep fake, que pode ser usado em golpes e potencializado pela IA”, cita o head da Accenture Cyber Labs Brasil, Renato Marinho.

Por fim, trazendo o tema da IA para a aplicação no dia a dia dos consumidores, o vice-presidente sênior da BYD no Brasil, Alexandre Baldy, destacou as transformações ocorridas até na forma como se dirige um automóvel.

“Com essa tecnologia, você sequer precisa de uma chave para ligar o seu carro, basta usar um aplicativo”, exemplificou. (Colaboraram Camila Magalhães/Repórter da Rádio O POVO CBN e Révinna Nobre/Especial para O POVO)

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Povos indígenas no evento Futura Trends
Povos indígenas no evento Futura Trends

Oito comunidades indígenas do Ceará receberam notebooks

O Futura Trends, seminário de formação executiva do Nordeste organizado pelo Grupo de Comunicação O POVO, realizou a entrega de notebooks para oito comunidades indígenas no Ceará.

A ação foi alinhada à política ESG do evento, explica Nazareno Albuquerque, coordenador-geral do Futura Trends e comentarista econômico da rádio O POVO CBN. "A ação foi feita com a Secretaria dos Povos Indígenas do Ceará, nós fizemos uma entrevista com a Cacika Juliana Alves, perguntando qual a força dessa atitude para as comunidades e ela falou que era 'como cair do céu', porque esses povos e essas tribos não têm computador. Então ela distribuiu entre oito povos indígenas aqui do Ceará", detalha.

A doação dos dispositivos foi realizada pela Associação das Empresas do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Aecipp), pelo Instituto Christus, pelo Sindilojas e pela Secretaria da Educação do Estado do Ceará (Seduc).

Juliana Alves, secretária dos povos indígenas do Ceará e Cacika do povo Jenipapo-Kanindé, em Aquiraz, destacou a importância da iniciativa para as comunidades.

"Para gente foi muito importante esse meio que foi pensado porque, de uma certa forma, acaba ajudando esses povos. Alguns têm suas próprias organizações, mas que às vezes não conseguem acessar um projeto porque não tem um computador, então para gente foi de extrema importância levar o nome desses povos".

Quem recebeu os notebooks foram os povos de Tapeba, Jenipapo-Kanindé, Anacé, Kanindé, Pitaguari, Tabajara, indígenas de Poranga e a Federação dos Povos e Organizações Indígenas do Ceará (Fepoince). (Révinna Nobre/Especial para O POVO)

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