O grupo cearense J. Macêdo, que tem atuação em todo o País, vai lançar novos produtos ainda neste ano, segundo adiantou o diretor-presidente da organização, Irineu José Pedrollo, em coletiva à imprensa realizada ontem em Fortaleza.
A J. Macêdo está comemorando 85 anos de fundação, como a segunda maior empresa no ramo de massas alimentícias no Brasil e sendo líder no mercado nacional em vendas de farinha de trigo, com uma de suas marcas, a Dona Benta. Sem detalhar que novos produtos serão lançados, Pedrollo disse que a empresa está focando em sua linha de massas alimentícias, além de snacks e biscoitos.
A empresa está construindo dois novos complexos industriais, com investimentos estimados em cerca de R$ 500 milhões, uma em Horizonte, no Ceará, e outra em Londrina, no Paraná. O primeiro teve sua pedra fundamental lançada em março e está sendo considerado pelo grupo como a mais moderna indústria de massas alimentícias das Américas. Já o segundo, inclui uma nova planta de produção de farinhas especiais, um moinho e um centro de distribuição.
“Esses dois projetos olham para os próximos 20 ou 30 anos da companhia. Todos esses investimentos estão sendo feitos com o estado da arte da tecnologia mundial disponível, tanto no moinho como na massa. Nós vamos colocar em funcionamento, no início de 2026, indústrias que são referências em qualquer mercado mundial e que poderiam estar instaladas em qualquer país do primeiro mundo, atendendo plenamente a todos os requisitos de eficiência, qualidade e de segurança”, exaltou.
Apesar dos planos de expansão, o CEO da holding do grupo, Amarílio Macêdo, descarta, por ora, abrir unidades fora do País. “A única coisa que eu posso dizer é que a J.Macedo tem um espaço fabuloso no Brasil. Então, qualquer crescimento no Brasil dá um retorno sempre maior do que teríamos se fôssemos aprender outra cultura, para depois nos estabelecermos em outras condições e isso pesa profundamente”, ressaltou Amarílio.
A empresa vem apresentando crescimento robusto no pós-pandemia, com receita líquida de R$ 2,9 bilhões em 2022 (crescimento de 23,2% em relação a 2021), e de R$ 3,2 bilhões, em 2023 (expansão de 10,5% em relação ao ano anterior), quando atingiu a melhor marca de sua história. No 1º semestre de 2024, a receita líquida ficou em R$ 1,6 bilhão, com lucro líquido de R$ 189,8 milhões.
Lembrando o período pandêmico, um dos mais desafiadores da história do grupo, Amarílio Macêdo, citou a importância da indústria alimentícia para que as pessoas pudessem lidar com o confinamento imposto pela crise sanitária.
“As pessoas tinham de arranjar algo para ocupar o tempo, de um modo alegre em meio àquilo. Por exemplo, a venda de mistura para bolo cresceu muito. As pessoas nunca fizeram tanto bolo, como durante a pandemia”, citou.
Por sua vez, presidente do Conselho da J.Macêdo, Roberto Macêdo, ressaltou como momento marcante do grupo o pioneirismo no investimento em energia eólica no Ceará.
“Nós tínhamos uma fábrica de transformadores e, por conta disso, nos interessamos pela fabricação de geradores eólicas para somar uma linha nova na nossa unidade”, relembrou.
Balanço
No 1º semestre de 2024, a receita líquida ficou em R$ 1,6 bilhão, com lucro líquido de R$ 189,8 milhões