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Dólar volta a cair e se aproxima de R$ 5,50 com Fed e Copom
Economia

Dólar volta a cair e se aproxima de R$ 5,50 com Fed e Copom

|Divisas| Real apresentou o melhor desempenho dentre as principais moedas
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Entre as principais divisas, real foi o que mais valorizou (Foto: FCO FONTENELE)
Foto: FCO FONTENELE Entre as principais divisas, real foi o que mais valorizou

O dólar apresentou queda firme e voltou a se aproximar do nível técnico de R$ 5,50 no fechamento de ontem, dia marcado por enfraquecimento global da moeda norte-americana e valorização do petróleo. O real, que costuma se beneficiar mais de episódios de apetite ao risco, apresentou o melhor desempenho entre as principais divisas.

Na ausência de dados relevantes, os negócios foram guiados por ajustes de posições diante da expectativa crescente de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) vai iniciar um ciclo de alívio monetário com corte de 50 pontos-base na taxa básica dos EUA na quarta-feira, 18. Uma redução agressiva por parte do BC dos Estados Unidos, combinada a uma alta taxa Selic pelo Copom também no dia 18, resultaria em aumento do diferencial de juros interno e externo - o que acentua a atratividade das operações de carry trade.

Afora uma alta pontual e bem limitada no início dos negócios, com máxima a R$ 5,5810, o dólar à vista operou em terreno negativo ao longo do restante da sessão. Pela manhã, a divisa registrou mínima abaixo de R$ 5,50 (R$ 5,4980), em meio a relatos de que instituições estariam antecipando ingresso de recursos de uma emissão externa feita por empresa brasileira.

No fim do dia, a moeda norte-americana recuava 1,02% em relação ao real, cotada a R$ 5,5106 - menor valor de fechamento desde 27 de agosto (R$ 5,5027). Foi o quarto pregão consecutivo de queda do dólar, que passa a acumular desvalorização de 2,21% no mês. No ano, a divisa avança 13,54%.

"O mercado começou a precificar nos últimos dias corte de 50 pontos-base pelo Fed. Como é dado como certo um aumento de pelo menos 25 pontos pelo Copom, quem precisa vender dólar já se antecipa, enquanto quem tem demanda de compra naturalmente espera", afirma o superintendente da mesa de derivativos do BS2, Ricardo Chiumento, que trabalha com corte de 25 pontos-base pelo BC americano e uma alta de 0,25 ponto porcentual pelo BC brasileiro.

Chiumento alerta que o dólar pode voltar a subir com força caso o Fed "não entregue" uma redução de juros na magnitude esperada pelo mercado. De outro lado, caso haja uma baixa de 50 pontos-base nos EUA e um "choque de juros" no Brasil, com uma elevação da Selic em 0,50 ponto porcentual, ele estima que o dólar possa vir para baixo de R$ 5,40. (Agência Estado)

 

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