O Ceará registrou 9.294 novos postos de trabalho formais em agosto de 2024 e emplacou o oitavo mês consecutivo de saldo positivo na geração de emprego. O resultado do mês foi o melhor do ano, embora o número seja 13% menor em relação a igual período de 2023.
No comparativo com o mês de julho deste ano, com saldo de 3.369 vagas, houve um salto de 175,8% nas contratações. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e foram divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
No acumulado do ano, o desempenho é positivo em 44.179 vagas. O número, embora seja menor do que o registrado na Bahia no acumulado do ano (81.096 vagas), supera todos os estados do Norte e Centro-Oeste.
No Brasil, é o 10ª estado que mais contratou em 2024. Em números absolutos, a lista é liderada por São Paulo (502.167), depois aparecem: Minas (188.293), Paraná (137.572), Rio de Janeiro (119.794), Santa Catarina (115.795), Bahia (81.096), Goiás (77.335), Rio Grande do Sul (55.773) e Mato Grosso (51.414).
Em 2024, foram 417.432 admissões e 373.253 desligamentos no Ceará. Com isso, o estoque de emprego no Estado gira em torno de 1,39 milhão de vagas formais.
Em relação aos setores, todos tiveram mais admissões do que demissões. O que mais impulsionou o saldo de empregos foi o setor de serviços, com 3.449, seguido pela indústria, com 2.942, e pelo comércio, 1.287.
Em uma postagem nas redes sociais, o governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), comemorou o desempenho do Estado. "Mais uma ótima notícia para nosso Estado! O Ceará registrou saldo positivo de 9.294 empregos em agosto, o oitavo mês consecutivo de alta. No acumulado do ano, o Estado acumula 44 mil novas vagas. E vamos seguir nesse caminho de ofertar mais e melhores oportunidades aos cearenses".
O resultado apresentado é destacado pelo desempenho do setor calçadista no Estado, afirma Renan Ridley, secretário do trabalho do Ceará em exercício.
Ao falar desses números, ele lembrou o crescimento de 7,2% do Produto Interno do Bruto (PIB) do Estado no segundo trimestre deste ano. "Isso tem um impacto direto na geração de empregos, pois, quando a economia cresce, você garante que mais postos de trabalho sejam criados no Estado".
Fortaleza gerou em agosto um saldo de 2.213 empregos, fruto de 30.222 admissões e 28.009 desligamentos. O município ocupa a oitava posição no País e terceira no Nordeste, atrás apenas de Salvador (4.714) e Recife (3.166).
Quem puxou o desempenho do resultado foi o segmento de serviços, com 646, seguido pelo comércio, com 597 novas vagas.
"A gente tem no estado do Ceará, nesse período, mais de 50% dos empregos gerados em Fortaleza, mesmo a gente tendo apenas 27% da população do Estado, em Fortaleza", avalia Rodrigo Nogueira, secretário de desenvolvimento econômico (SDE).
A expectativa é de que os próximos meses também sejam de contratações em alta, em razão do aquecimento tradicional da economia no fim do ano. Para o Réveillon, o secretário apresenta uma projeção de mais de 100 mil postos de trabalhos temporários na Capital, entre empregos formais e informais.
"Os hotéis já estão todos praticamente lotados, e com a ampliação da festa para três dias, como no ano passado, o turista acaba permanecendo mais tempo em Fortaleza, isso beneficia todos os setores de serviços, desde bares e restaurantes até ambulantes na Beira Mar, que se preparam especialmente para essa época. As vendas aumentam significativamente, movimentando toda a economia da Cidade". (Colaborou Révinna Nobre/Especial para O POVO)
Dados do mercado de trabalho
Evolução das taxas de emprego
Ceará
Janeiro - 1.393
Fevereiro - 3.416
Março - 6.202
Abril - 5.636
Maio - 7.200
Junho - 7.679
Julho - 3.369
Agosto - 9.294
Total - 44.179
Brasil
Janeiro - 168.090
Fevereiro - 306.052
Março - 244.503
Abril - 239.278
Maio - 139.279
Junho - 206.155
Julho - 190.619
Agosto - 232.513
Total - 1.726.489
Desempenho do Ceará por setor em agosto
Agropecuária - 745
Indústria - 2.942
Construção - 871
Comércio - 1.287
Serviços - 3.449
Total - 9.294
Fonte: Caged
Brasil gerou mais de 232 mil novos postos de trabalho em agosto
O Brasil ampliou em 232.513 o número de postos de trabalho com carteira assinada no mês de agosto. Número é 5,84% acima do registrado em agosto de 2023 e 0,49% maior do que o observado em julho deste ano.
No acumulado do ano, período compreendido entre janeiro e agosto, já foram geradas 1.726.489 novas vagas. Os dados constam do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgado ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Tendo como recorte os últimos 12 meses (período entre setembro de 2023 e agosto de 2024), o saldo de postos de trabalho está positivo, com a criação de 1.790.541 novas vagas. "Com isso, o estoque, que é a quantidade total de vínculos celetistas ativos, contabilizou 47.243.764 vínculos, representando uma variação de 0,49% em relação ao mês anterior", informou o ministério.
O ministro do Trabalho e Emprego em exercício, Francisco Macena ressaltou que a boa notícia é que "não só os cinco grandes grupos econômicos, mas as 27 unidades federativas apontaram crescimentos importantes".
O destaque de agosto ficou com o setor de Serviços, que criou 118.364 postos em agosto. No acumulado do ano, o saldo positivo chegou a 916.369 novos postos. A indústria foi responsável pela criação de 51.634 novos empregos em agosto, com destaque para a indústria de transformação (50.915 postos). No acumulado do ano, este setor já soma 343.924novos postos.
"O acumulado da indústria já representa 90% de todos os postos de trabalho que foram criados no ano passado. Isso, para nós, é um indicador muito importante por mostrar retomada do desenvolvimento econômico e da perspectiva de um desenvolvimento mais sustentável", argumentou Macena.
O setor de comércio gerou 47.761 novos empregos com carteira assinada em agosto; e 169.868 no acumulado do ano. A construção civil criou 13.372 postos no mês e 213.643 no acumulado entre janeiro e agosto. Já o da agropecuária gerou 1.401 novos empregos formais em agosto; e 82.732 no acumulado de 2024
"Quero chamar atenção para o quarto maior gerador de postos de trabalho [em agosto], que foi a construção civil. Na nossa opinião, começamos a ver os resultados dos investimentos públicos do Novo PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] na habitação. Principalmente, nos recursos de financiamento por FGTS Minha Casa Minha Vida no mercado imobiliário."
No comparativo entre as regiões do país, o Sudeste gerou 841.907 empregos ao longo de 2024. O Sul gerou 309.140 novos empregos formais; o Nordeste registrou mais 257.925 vagas; o Centro-Oeste, 187.471; e o Norte, 104.773 postos. (Agência Brasil)