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Ceará é primeiro lugar do País em crescimento industrial, segundo IBGE
Economia

Ceará é primeiro lugar do País em crescimento industrial, segundo IBGE

São duas altas de destaque do Estado que se referem à produção da indústria cearense no mês de agosto frente a julho e outra na comparação com igual período de 2023
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PRODUÇÃO industrial cearense cresceu 17,3% em agosto na variação anual (Foto: AURÉLIO ALVES)
Foto: AURÉLIO ALVES PRODUÇÃO industrial cearense cresceu 17,3% em agosto na variação anual

A produção da indústria do Ceará teve o maior crescimento do País, segundo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em dois períodos diferentes.

A alta no Estado foi de 2,7% na passagem dos meses de julho para agosto, ficando em primeiro lugar dos 15 locais analisados e bem acima da média nacional, que foi de apenas 0,1%, na série com ajuste sazonal.

Em segundo lugar veio Minas Gerais (1,8%), que, assim como o Ceará, marcou o terceiro mês seguido de crescimento na produção, período em que acumularam ganhos de 6,2% e 9,2%, respectivamente.

Quando comparado agosto frente a igual mês do ano anterior, a indústria cearense também teve o avanço mais intenso do Brasil, dentre 18 locais analisados, com alta de 17,3%.

O País cresceu 2,2% no período e 12 unidades da federação tiveram resultados positivos nesta base de comparação.

Sobre o destaque da indústria cearense nacionalmente, o governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), disse ao O POVO que tem trabalhado "dia e noite" para ampliar os números.

"Esse crescimento mostra que estamos no caminho certo. Temos trabalhado muito na atração de novos investimentos e no apoio às empresas que já estão instaladas aqui no Ceará e buscam expandir o negócio. Nosso principal objetivo é aquecer a economia e, com isso, aumentar a geração de novos empregos aos cearenses. Estamos com saldo positivo de mais de 60 mil postos de trabalho em 2024", complementou.

O Estado também produziu mais no acumulado de janeiro a agosto deste ano comparado a igual período de 2023, com salto de 8,9%, e nos últimos doze meses encerrados em agosto, registrando alta de 5,4%. 

Nestas bases de comparação apresentou o segundo e o quinto melhor resultado nacional. 

Considerando apenas a passagem de julho para agosto atrás de Ceará e Minas Gerais vieram Bahia (0,8%), Mato Grosso (0,8%) e Rio de Janeiro (0,2%), completando os cinco locais com índices positivos no período.

Mas Pará (-3,5%), Paraná (-3,5%) e Rio Grande do Sul (-3,0%) recuaram bastante, com o primeiro acumulando perda de 7% em dois meses consecutivos de queda na produção.

Já os dois últimos voltaram a recuar após registrarem crescimento nos meses de julho e junho de 2024, período em que acumularam ganhos de 7,7% e 36,4%, respectivamente.

Pernambuco (-2,2%), Santa Catarina (-1,4%), São Paulo (-1,0%), Espírito Santo (-0,8%), Região Nordeste (-0,8%), Amazonas (-0,7%) e Goiás (-0,4%) foram outras quedas em agosto de 2024.

No índice de média móvel trimestral, a indústria brasileira avançou 1% ante o nível do mês anterior e oito dos 15 locais pesquisados apontaram taxas positivas.

Os maiores saltos foram para Rio Grande do Sul (8,7%), Minas Gerais (2,9%), Espírito Santo (2,3%), Ceará (2%) e Paraná (1,3%). Ou seja, o Estado teve a quarta alta mais acentuada do Brasil.

Retração foi registrada em Bahia (-2,5%), Goiás (-1,2%), Região Nordeste (-1,1%) e Pernambuco (-1,0%).

O que fez a indústria do Ceará crescer

No outro maior avanço do Ceará, vale citar que agosto de 2024 (22 dias) teve um dia útil a menos do que igual mês do ano anterior (23).

E os outros locais que se destacaram com altas de dois dígitos foram Pará (16,9%) e Mato Grosso do Sul (12,4%).

Estas produções físicas, bem como a cearense, foram impactadas sobretudo pelas atividades de artefatos do couro, artigos para viagem e calçados (calçados esportivos de couro e calçados masculinos de plástico moldado e de couro).

No Ceará, houve bom desempenho sobretudo na fabricação de produtos químicos (herbicidas e inseticidas - ambos para uso na agricultura), produtos têxteis (fios de algodão retorcidos, tecidos de algodão tintos ou estampados, tecidos de algodão crus ou alvejados, fitas de tecidos e tecidos de malha de fibras sintéticas ou artificiais), confecção de artigos do vestuário e acessórios (calcinhas de malha, cintas-sutiãs e sutiãs).

Sem ser de dois dígitos mas também com altas acima da média nacional foram os locais: Minas Gerais (7,3%), Bahia (5,6%), Região Nordeste (4,5%), Paraná (3,7%), Pernambuco (3,4%) e Santa Catarina (3,3%).

Já abaixo mas com crescimento foram Maranhão (2,1%), São Paulo (1,2%) e Amazonas (1,1%),  completando o conjunto de locais com avanço na produção no índice mensal de agosto de 2024.

A queda mais acentuada foi no Rio Grande do Norte (-22,6%). Segundo o IBGE, ocasionada pela pressão, em grande parte, pela atividade de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleos combustíveis).

Caíram ainda Espírito Santo (-6,0%), Rio Grande do Sul (-5,2%), Goiás (-2,8%), Rio de Janeiro (-1,4%) e Mato Grosso (-0,6%). 

Quadrimestre da indústria

Quando o IBGE comparou o resultado do primeiro e com o segundo quadrimestre de 2024 frente a igual comparação do ano anterior, 11 dos 18 locais pesquisados mostraram perda de dinamismo.

O próprio País recuou e passou de 3,5% para 2,6% na produção industrial.

Rio Grande do Norte (de 24,5% para 4,2%), Espírito Santo (de 6,1% para -5,5%), Rio Grande do Sul (de 4,9% para -5,4%), Goiás (de 10,7% para 0,5%), Mato Grosso (de 6,9% para 0,0%), Amazonas (de 5,8% para 0,1%) e Rio de Janeiro (de 5,8% para 1,2%) apontaram as perdas mais acentuadas.

Pará (de -1,7% para 9,6%), Paraná (de 0,7% para 5,6%), Maranhão (de 1,6% para 5,6%) e Região Nordeste (de -0,4% para 2,8%) tiveram os principais ganhos.

Dinamismo da indústria cearense

Outra análise importante de observar é o dinamismo da indústria no acumulado dos últimos 12 meses encerrados em agosto ante o que foi encerrado em julho.

Nesta análise, 11 dos 18 locais mostraram esse dinamismo, sendo o Estado um deles. Veja:

  • Ceará (de 2,6% para 5,4%)
  • Pará (de 4,6% para 6,9%)
  • Mato Grosso do Sul (de 1,7% para 3,2%)
  • Bahia (de 1,4% para 2,5%)
  • Região Nordeste (de -0,7% para 0,2%)

Mas Rio Grande do Norte (de 19,2% para 12,9%), Espírito Santo (de 8,9% para 6,1%), Mato Grosso (de 5,6% para 4,2%) e Goiás (de 8,6% para 7,6%) mostraram as maiores perdas entre os dois períodos.

Economia da Saúde e o Polo Industrial e Tecnológico da Saúde do Ceará

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