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Inteligência Artificial deve ser usada para potencializar capacidade humana
Economia

Inteligência Artificial deve ser usada para potencializar capacidade humana

| INOVAÇÃO | Entendimento é do diretor de Estratégia Digital do O POVO, André Filipe Dummar, em evento que reuniu startups e grupos de comunicação do Ceará
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ANDRÉ Filipe Dummar destacou tema no Siará Tech Summit (Foto: FERNANDA BARROS)
Foto: FERNANDA BARROS ANDRÉ Filipe Dummar destacou tema no Siará Tech Summit

“Devemos começar a entender a Inteligência Artificial (IA) como um elemento instrumental de potencialização da capacidade humana”. 

A afirmação é do diretor de Estratégia Digital do Grupo de Comunicação O POVO, André Filipe Dummar, dada durante um dos principais eventos voltados para inovação no Estado, o Siará Tech Summit 2024, realizado pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Ceará (Sebrae-CE) e pelo Ecossistema Local de Informação.

“Quando a colocamos dentro dessa perspectiva, começamos a ter a capacidade de expandir o ecossistema com o qual nos relacionamos, não apenas do ponto de vista de negócios, mas também do ponto de vista humano”, acrescentou o executivo, em painel que contou com a presença de representantes dos seguintes grupos de comunicação: Sistema Jangadeiro, Sistema Verdes Mares e Grupo Cidade, sob a mediação de Herbart Melo, da Unidade de Gestão dos Ambientes de Inovação do Sebrae-CE.

André Filipe Dummar também acrescentou que é preciso discutir o processo de desenvolvimento das ferramentas de inteligência artificial levando em consideração aspectos éticos que vão desde a questão da propriedade intelectual até o impacto no mercado de trabalho e nas formas de se relacionar.

“Precisamos, objetivamente, ter uma dimensão analítica do design ético dessas aplicações (de IA) e da capacidade de identificar os efeitos colaterais que elas podem causar”, defendeu.

Impacto da IA no mercado

Ele discordou de análises que relativizam a potencial perda de empregos gerada pela aceleração do uso das ferramentas de inteligência artificial. “A conta não fecha. Segundo estudo da Universidade Stanford, é muito interessante notar que o percentual de crescimento da renda média em países da América Latina precisaria ser de quase 40%, em 24 meses, para que conseguíssemos uma reestruturação da base produtiva necessária para trabalhar com IA”, exemplificou.

No primeiro dia de programação do Siará Tech Summit, que recebeu 22 mil inscrições, também foram debatidos temas como o papel da mídia para o desenvolvimento de pequenos negócios, bem como apresentados cases de inovação também em grandes empresas. O evento continua hoje e segue até amanhã com palestras, workshops e mesas-redondas, além de estandes onde representantes de startups cearenses puderam apresentar soluções desenvolvidas em diversas áreas.

O superintendente do Sebrae no Ceará, Joaquim Cartaxo, ressaltou “que o Estado tem uma estratégia de desenvolvimento territorial, que é ancorada no programa Cidade Empreendedora, que busca, junto com os municípios, melhorar o ambiente de negócios”.

Fazendo referência às quase 250 empresas representadas no evento e a importância de valorizar as políticas de empreendedorismo municipais, Cartaxo enfatizou que “todos os CNPJs têm CEP, rua e cidade”.

Por fim, ele citou programas com viés municipalista desenvolvidos pela instituição. “Estamos formando esses empreendedores através da educação, implantando uma cultura empreendedora no estado do Ceará. Nosso programa Sala do Empreendedor já ultrapassou 160 municípios e nossa meta é chegar aos 184 municípios do Estado”, projetou.

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Startup cria ambiente de indicações recompensadas

Entre as startups com estande no Siará Tech Summit, um dos destaques é a da Zotuzo, plataforma que conecta pessoas e empresas com interesses semelhantes, promovendo interações personalizadas e recompensas. De acordo com o criador da plataforma Renato Sílvio Porto, a ideia inicial era focar no segmento do turismo, mas a ideia atraiu interesses de diversos ramos, incluindo o da construção civil.

“O objetivo é criar um ambiente com regras que seja mais amigável e, ao mesmo tempo, mais efetivo. É uma plataforma de ganha-ganha. Você indica e vê quem está indicando negócios, quais são as pessoas recomendadas na sua plataforma, para o seu bar, restaurante, evento ou parque. A pessoa que faz a indicação será remunerada. Por exemplo, você pode dizer: ‘Olha, se você me indicar uma pessoa e ela vier aqui efetivamente ao meu restaurante, eu vou oferecer uma entrada ou uma sobremesa no almoço’,”, explicou o empreendedor.

“A pessoa que indicou recebe um valor em reais. Toda a parte do indicador será paga via Pix, porque isso é efetivo”, prossegue Porto, acrescentando que o objetivo é estruturar esse universo, que está muito disperso, e colocá-lo sob regras em um ambiente virtual amigável, tudo através de QR Code. É um sistema em que todos ganham: quem coloca a promoção, quem faz a indicação e quem é indicado e vai ao local”.

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