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Setor de supermercados projeta fechar 2024 com crescimento de até 7%
Economia

Setor de supermercados projeta fechar 2024 com crescimento de até 7%

Segmento comemora bom desempenho dos três primeiros trimestres e já faz preparativos para vendas do período natalino e do Réveillon
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Faturamento de supermercados vêm crescendo com queda do desemprego no País (Foto: Samuel Setubal)
Foto: Samuel Setubal Faturamento de supermercados vêm crescendo com queda do desemprego no País

O setor de supermercados no Ceará projeta fechar o ano de 2024 com crescimento de 5% a 7%, considerando os resultados obtidos nos três primeiros trimestres e as perspectivas para o último trimestre do ano.

A estimativa foi feita pelo presidente da Associação Cearense de Supermercados (Acesu), Nidovando Pinheiro, durante evento organizado em parceria com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), que reuniu empresários e profissionais do segmento do Estado e do País.

“O primeiro trimestre foi razoavelmente bom, o segundo foi bom e o terceiro foi mediano. Estamos com a perspectiva de fechar o quarto semestre de forma positiva. Se Deus quiser, terminaremos o ano com bastante crescimento”, disse Nidovando, acrescentando que “muitas lojas foram abertas no Ceará em 2024”.

Sobre os preparativos para o período natalino e do Réveillon, quando os supermercados apostam em itens diferenciados tais como panetones, aves nobres, espumantes, entre outros, Nidovando afirma que as compras desses produtos começaram já no início de outubro. “Ainda em novembro, todas as negociações para os produtos de dezembro já estarão concretizadas. Essa é uma tendência que se repete ano após ano. Com certeza, teremos um acréscimo muito bom no fim do ano”, enfatizou.

“Logicamente, o consumidor precisa ter dinheiro, e isso está relacionado à geração de emprego. O percentual de desemprego caiu bastante, o que é importante, pois as pessoas estão trabalhando. Assim, com certeza, haverá um consumo maior”, completou o presidente da Acesu. Ele lembrou ainda o movimento aquecido também nas vendas dos supermercados localizados no Interior e disse que a chegada de redes de outros estados ao mercado cearense estimula a competitividade.

Por sua vez, a diretora de Recursos Humanos e presidente eleita para a gestão 2025-2026 da Acesu, Cláudia Novaes, destacou a importância de o segmento investir em capacitação de pessoal. “Nós temos cursos mensais na associação para diversas áreas. Assim, procuramos ajudar nossos associados, até mesmo trazendo essa moçada mais jovem para o mercado de trabalho e tentando preencher lacunas que, às vezes, não foram cobertas na família ou na escola”, explicou.

Nesse sentido, um dos palestrantes do evento intitulado “Abras em Ação nas Estaduais - Ceará”, o gerente de atendimento ao varejo da NielsenIQ, Wagner Picolli, citou o impacto de concorrentes indiretos do segmento, incluindo as chamadas bets, que têm sido motivo de preocupação de diversos setores da economia brasileira, mas, principalmente dos chamados atacarejos.

“A concorrência entre os canais é instigante, mas o ônus da ascensão do atacarejo recai sobre o próprio varejo, que acaba retraindo vendas e faturamento, já que os consumidores se habituaram a esse modelo, que hoje não é tão competitivo. No início, o atacarejo oferecia preços 15% mais baixos. No fim do ano passado, essa diferença era de 9% e hoje é de 7%”, ilustrou.

Por fim, o vice-presidente Institucional e Administrativo da Abras, Márcio Milan, ressaltou que o “evento traz um grande volume de informações para que o supermercado possa melhorar cada vez mais sua eficiência operacional. Olhando para o Ceará hoje, em comparação com outras regiões, é uma das melhores em termos de eficiência operacional, com um índice de 98,6%”.

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