O Itaú atingiu cerca de R$ 1,3 bilhão em carteiras de microcrédito na região Nordeste, conforme revelou ao O POVO o diretor de crédito Pessoa Física do banco, Alexandre Borin, durante evento realizado ontem em Fortaleza.
Segundo o executivo, a instituição financeira já alcança perto de 17% da participação desse mercado na região e mira expandir a oferta do produto para microempreendedores, principalmente no Ceará, onde o Itaú criou uma regional focada em atrair e ampliar soluções de microcrédito.
“A operação no Ceará ainda está crescendo, mas já representa uma parte importante desse crescimento. Sabemos que a operação pode continuar crescendo bastante. Nos próximos meses, especialmente olhando para 2025, queremos continuar expandindo e ocupar mais espaço de mercado”, disse Borin.
“Vimos esse potencial principalmente em cidades como Horizonte e Canindé, e também no Interior do Estado, onde vemos bastante oportunidade”, pontuou, acrescentando que “boa parte dos negócios de microcrédito desenvolvem o modelo de grupos solidários, mas o Itaú trouxe uma novidade: um modelo de distribuição para o empreendedor individual com avalista, em um modelo de distribuição praticamente todo digital”.
“O especialista visita, entende a necessidade do empreendedor e monta a proposta no aplicativo do celular. Esse empreendedor recebe a proposta no celular por meio de um link. Ele formaliza a operação dentro da própria plataforma do Itaú, o avalista também recebe a informação e, a partir do momento que é formalizado, o crédito é liberado diretamente na conta do cliente”, explicou Borin.
Além das soluções de microcrédito, o evento, intitulado "Conexão empreendedores - microcrédito Itaú", teve como foco no dia de ontem, o empreendedorismo feminino, com palestras da planejadora financeira, Maira Moreno Machado, e da empresária Flávia Paixão.
A CEO da Empreender com Paixão, a propósito, falou sobre o uso das ferramentas de inteligência artificial e do marketing digital para alavancar pequenos negócios.
“Por exemplo, se a empreendedora tem uma empresa na área de alimentação, pode pedir para a inteligência artificial a ajude a criar novas receitas, desenvolver imagens para divulgação ou até mesmo otimizar a gestão financeira, caso tenha um processo mais complexo”, citou.