O grupo empresarial cearense M. Dias Branco divulgou ontem ao mercado, os resultados financeiros do 3º trimestre de 2024, reportando queda de 51,9% no lucro líquido na comparação com o 3º trimestre do ano passado. A empresa é líder nacional nos segmentos de biscoitos e massas.
No total, a empresa teve lucro líquido de R$ 124,7 milhões entre julho e setembro deste ano, ante R$ 259 milhões, em período equivalente de 2023.
Já quando o resultado é comparado ao 2º trimestre de 2024, a queda verificada é de 34,3%, pois a empresa apresentou lucro líquido de R$ 189,9 milhões entre abril e junho.
No acumulado dos nove primeiros meses de 2024, o lucro líquido da M. Dias Branco foi de R$ 469,5 milhões, o que representa uma queda de 14,1%, uma vez que nos três primeiros trimestres do ano passado, esse resultado ficou em R$ 546,8 milhões.
Por sua vez, o Ebitda (sigla inglesa para ‘Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) teve queda um pouco menor, de 48,1% na comparação entre os 3º trimestre de 2024 e o 3º trimestre de 2023, ficando em R$ 228,9 milhões, ante R$ 440,7 milhões.
Na comparação com o 2º trimestre de 2024, quando o resultado foi de R$ 336,8 milhões, o indicador teve recuo de 32%. A comparação entre os nove primeiros meses deste ano com os nove primeiros meses do ano passado, mostra queda de 15%, com o Ebitda caindo de R$ 991,2 milhões para R$ 843 milhões.
Já a receita líquida caiu 12,1%, chegando a R$ 2,4 bilhões no 3º trimestre de 2024, ante R$ 2,7 bilhões em período equivalente de 2024. Se a comparação for feita com o 2 trimestre deste ano, o recuo é de 8,6%. Entre abril e junho, a receita líquida havia sido de R$ 2,6 bilhões. No acumulado dos três primeiros trimestres de 2024, o indicador teve retração de 11,1%, ficando em R$ 7,1 bilhões, ante R$ 8 bilhões, em período equivalente do ano passado.
O volume de vendas total também caiu, passando de 450,5 mil toneladas no 3º trimestre de 2023 para 419,3 mil toneladas no 3º trimestre deste ano, o que representa um recuo de 6,9%. No 2º trimestre deste ano, o grupo M. Dias Branco havia comercializado 507 mil toneladas, o que significa dizer que houve uma queda de 17,3% entre um trimestre e o outro. Já no acumulado dos noves primeiros trimestres de 2024, houve alta nas vendas, de 1,2%, passando de 1,30 milhão para 1,32 milhão de toneladas.
Entre as explicações para o desempenho negativo registrado entre julho e setembro deste ano, o grupo M. Dias Branco pontuou, em seu comunicado, que “no mercado, o preço médio do trigo no 3º trimestre de 2024 foi maior que no 2º trimestre de 2024 e menor que no 3º trimestre de 2023. O aumento reflete, sobretudo, a redução de expectativas da safra 2024/2025".
O informe prossegue explicando que "o óleo de palma (outra matéria-prima para essa indústria) apresentou um comportamento de alta no final do 3º trimestre de 2024, principalmente em função das questões climáticas desfavoráveis nas áreas de cultivo na América do Sul”.