O Ceará atingiu, no 3º trimestre de 2024, a menor taxa de desocupação na série histórica iniciada em 2012, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua Trimestral, chegando a 6,7%, igualando a marca do 4º trimestre de 2014.
Quando se leva em consideração apenas os indicadores de terceiros trimestres (julho a setembro), o índice registrado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) entre julho e setembro deste ano só encontra paralelo com o 3º trimestre de 2013, quando a desocupação era de 7,5%.
Por outro lado, a maior taxa de desocupação nesse recorte sazonal foi registrada no 3° trimestre de 2020. Já a maior taxa trimestral, considerando todos os trimestres pesquisados de 2012 para cá, foi verificada nos 1º e 2º trimestres de 2021. Vale lembrar que nos três casos, o Ceará e o mundo enfrentavam a pandemia de Covid-19.
Para o secretário estadual do Trabalho, Vladyson Viana, “o primeiro indicador relevante são os dados de ocupação do ano passado e comparar com os deste ano. Ao todo, 104 mil pessoas deixaram a condição de desocupadas. Outro dado importante a se destacar, porque a política pública tem sido mais focada nas camadas mais vulneráveis, é o aumento da força de trabalho, com cerca de 47 mil pessoas entrando no mercado. Isso representa uma variação de cerca de 15%”.
Ele afirma que “isso também reflete uma força crescente da indústria na economia. Por exemplo, quando comparamos o 3º trimestre de 2023 com o 3º trimestre de 2024, houve um crescimento de 8,6% na indústria, com mais de 37 mil trabalhadores passando a ocupar postos de trabalho nesse setor”, acrescentando que o Estado tem “cada vez mais indústrias, como as do setor de energias renováveis. Esses dados precisam ser evidenciados e celebrados, pois mostram que estamos seguindo uma trajetória de avanço”.
Quem também comemorou o resultado foi o governador Elmano de Freitas (PT). Em suas redes sociais, ele destacou que o “Estado registrou a menor taxa de desemprego no Nordeste . É também a menor taxa do Ceará nos últimos 10 anos. A participação das pessoas ocupadas na população com idade de trabalhar saltou para 49% neste ano, registrando o maior quantitativo de todos os trimestres do período pós-pandêmico”.
“Os números apontam uma economia mais aquecida, resultado dos negócios desenvolvidos no Ceará que estão prosperando e com isso gerando maior demanda por empregados”, concluiu o governador.