Em 2024, de janeiro a outubro, 2.713 assassinatos foram registrados no Ceará, conforme a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). Dessas vítimas, 90,56% eram do sexo masculino — ou seja, 2.457 homens. A SSPDS, porém, não identifica a raça/cor da maioria das vítimas, dificultando essa categorização.
Neste ano, 58,60% dos mortos em assassinatos no Ceará constaram nas estatísticas da SSPDS como sem raça informada. De resto, 920 foram identificadas como pardos, 137 como brancos, 61 como pretas, 2 como amarelos e 3 como indígenas. Além disso, os números mostram que 88,31% das vítimas de homicídio no Estado neste ano foram mortas com emprego de armas de fogo.
Conforme a pesquisa do Instituto Sou da Paz, com base em dados do SIM/Dataus de 2022, o Ceará ocupa a 6ª colocação entre os nove estados nordetinos com maior taxa de homens negros assassinados por arma de fogo.
Com taxa de 68,30 homicídios de homens negros/arma de fogo por cada 100 mil mortos, o Ceará fica atrás da Bahia (90,40), do Rio Grande do Norte (83,80), de Pernambuco (75,90), de Sergipe (75,40) e de Alagoas (75,20).
O mórbido ranking nordestino de homicídio de homens negros/arma de fogo se completa com a Paraíba (57,20), Maranhão (44,00) e Piauí (39,80).
O estado do Amapá, na região Norte do Brasil, amarga a liderança no Basil de assassinatos de homens negros por arma de fogo segundo o Instituto Sou da Paz. São 97,10 vítimas para cada 100 mil homicídios.(Lucas Barbosa)