O Ceará completou 11 meses seguidos de saldo positivo no mercado de trabalho formal. Em novembro, foram geradas 4.443 novas vagas de trabalho Desde o início do ano, o saldo positivo chega a 62.312 novos vínculos.
O resultado faz parte do levantamento mensal do Novo Caged, divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Os dados dizem respeito aos números do mercado de trabalho com carteira assinada.
Entre os municípios, destaque para Fortaleza, que é a oitava cidade brasileira com o maior número de vagas formais abertas, no saldo após admissões e desligamentos. Entre janeiro e novembro, foram 31.041.
Neste recorte de tempo, o resultado da capital cearense é superior ao de 11 estados brasileiros, que, durante o ano, geraram menos empregos formais.
O saldo de empregos com carteira assinada em Fortaleza é superior aos estados de Roraima (6,6 mil empregos gerados em 2024), Acre (7,1 mil), Amapá (9,6 mil), Rondônia (11,3 mil), Tocantins (11,6 mil), Piauí (16,4 mil), Sergipe (17,3 mil), Maranhão (23,2 mil), Alagoas (24,1 mil), Mato Grosso do Sul (26,7 mil) e Paraíba (28,4 mil).
O desempenho da Capital em relação ao Ceará é de destaque absoluto, representando praticamente metade das vagas de emprego formal abertas no ano, já que o Ceará gerou saldo de 62.312 vagas.
Em novembro, o Ceará teve 44.906 desligamentos e 49.349 admissões, gerando saldo positivo no mês.
O resultado do mercado de trabalho formal do Ceará foi o oitavo melhor do Brasil e o terceiro melhor do Norte e Nordeste, atrás somente de Bahia, Pernambuco e Amazonas.
Na Bahia, o saldo positivo de vagas foi de 7,1 mil, enquanto o de Pernambuco foi de 5,5 mil e o do Amazonas chegou a 5,4 mil.
Entre os setores, os dados apontam que o resultado cearense está ligado ao bom desempenho na geração de empregos no setor de Serviços, com mais de 30,3 mil empregos de saldo positivo.
Depois vem a Indústria (15,1 mil), o Comércio (10 mil), a Construção Civil (4,2 mil) e a Agropecuária (2,4 mil).
“Seguimos trabalhando dia e noite para atrair novos investimentos e gerar mais emprego e renda para a nossa população”, destacou o governador do Ceará, Elmano de Freitas, ao divulgar os números em publicação nas redes sociais.
Já o titular da Secretaria do Trabalho, Vladyson Viana, destaca que o Estado passou por todo ano de 2024 com saldos positivos no mercado de trabalho, sendo destaque na Região.
"De janeiro a novembro de 2024, o Ceará registrou somente saldos positivos na geração de empregos. Além disso, alcançamos a menor taxa de desemprego do Nordeste (6,7%) e a menor da série histórica do Ceará, desde 2014. Estes números mostram que estamos no caminho certo, focados na parceria entre o público e o privado para ampliar ainda mais estes resultados”, completa.
Quase 1/3 dos municípios têm saldo negativo de empregos
O resultado de Fortaleza na geração de empregos formais dentre os municípios cearenses é de destaque absoluto, com mais de 31 mil vagas formais abertas em 2024. No período entre janeiro e novembro, o Estado gerou saldo de 62.312 empregos com carteira assinada.
Além da Capital, outros municípios são destacáveis na empregabilidade, como Sobral (Região Norte), com saldo de 3,5 mil vagas após admissões e desligamentos. Depois vêm Juazeiro do Norte (3,3 mil), Maracanaú (2,6 mil), Horizonte (2,3 mil), Crato (1,2 mil) e Itaitinga (1,1 mil) - sendo apenas esses municípios que geraram mais de 1 mil empregos no ano.
Por outro lado, dos 184 municípios cearenses, 43 deles tiveram saldo negativo de emprego. O pior resultado do ano, entre janeiro e novembro, é o saldo de Caucaia, com fechamento de 1.409 vagas formais. Outras duas cidades zeraram no saldo de emprego.
Além disso, 15 municípios cearenses geraram menos de dez vagas de empregos formais no ano.
Dentro desse cenário, praticamente um terço dos municípios cearenses têm saldo negativo na geração de empregos formais ou gerou menos de dez vagas em 2024.
O secretário de Trabalho, Vladyson Viana, em entrevista ao Guia Econômico, da Rádio O POVO CBN, destaca que parte desse movimento se deve ao impacto das transições das gestões públicas municipais, que em novembro demitiram parte dos trabalhadores da administração pública "para fechar as contas" deste ano e que, provavelmente, deve haver contratações no início de 2025.
O desafio de interiorizar o desenvolvimento é reconhecido pelo governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), que, em entrevista exclusiva ao O POVO, destacou que as mudanças promovidas na equipe econômica de seu secretariado têm entre os objetivos o de gerar maior desenvolvimento ao Interior.
Elmano pontua que o Governo deve ampliar a atração de investimentos para o Interior. "A grande necessidade da Secretaria do Desenvolvimento Econômico (SDE) é de alguém com muita capacidade de diálogo e de pensar o Estado por inteiro."
CENÁRIO DO MERCADO DE TRABALHO NO CEARÁ
Brasil registra a criação de 106,6 mil postos de trabalho
O saldo de empregos formais subiu em novembro, segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Foram criados 106.625 postos de trabalho com carteira assinada no último mês. No acumulado do ano, foram abertas 2.224.102 vagas de empregos.
O estoque de empregos formais no país, que é a quantidade total de vínculos celetistas ativos, chegou a 47.741.377 em novembro, o que representa alta de 0,22% em relação ao mês anterior.
Na divisão por ramos de atividade, dois dos cinco setores pesquisados criaram empregos formais em novembro. A estatística foi liderada pelo comércio, com a abertura de 94.572 postos, todos concentrados na atividade de reparação de veículos automotores e motocicletas.
No setor de serviços, que teve 67.717 postos a mais, a criação de empregos foi puxada pelo segmento de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, com a abertura de 40.118 postos formais.
Na construção civil, o nível de emprego diminuiu, com o fechamento de 30.091 postos, bem como na agropecuária, que registrou 18.887 vagas de trabalho a menos, em razão das características sazonais do setor. A redução de 6.678 empregos formais na indústria foi puxada pela indústria de transformação, que eliminou 6.753 vagas no mês passado. (Agência Brasil)