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Haddad descarta elevar IOF para conter saída de dólares
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Haddad descarta elevar IOF para conter saída de dólares

| Começo de ano | Para o ministro, o que ocorre é uma acomodação no câmbio
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Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (Foto: José Cruz/Agência Brasil)
Foto: José Cruz/Agência Brasil Ministro da Fazenda, Fernando Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou ontem a possibilidade de o Governo Federal elevar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para segurar a alta do dólar. Segundo o ministro, está acontecendo uma "acomodação" no câmbio no começo de ano. "Tem um processo de acomodação natural (do câmbio). Houve um estresse no fim do ano passado no mundo todo e aqui também no Brasil", declarou o ministro após retornar de encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir o atraso no Orçamento de 2025.

Para Haddad, o arrefecimento da alta do dólar decorre principalmente do mercado externo, após o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, dar declarações na segunda-feira que, segundo o ministro, "moderaram propostas feitas ao longo da campanha eleitoral".

"É natural que as coisas se acomodem, mas não existe discussão sobre mudar o regime cambial no Brasil e nem de aumentar imposto com esse objetivo", declarou Haddad. "Estamos recompondo a base fiscal do Estado brasileiro pelas propostas que estão sendo endereçadas pelo Congresso Nacional", afirmou o ministro, negando que o governo pretenda usar o IOF para elevar a arrecadação. Atualmente, o sistema é de câmbio livre com flutuações "sujas", em que o Banco Central (BC) eventualmente intervém no mercado em momentos de disfuncionalidade.

Em relação à segunda fase da reforma tributária, que prevê mudanças no Imposto de Renda, o ministro da Fazenda declarou que a proposta de aumento da faixa de isenção para R$ 5 mil, em troca da cobrança na fonte de uma alíquota para quem recebe mais de R$ 50 mil, só será enviada após a eleição para os novos presidentes da Câmara e do Senado e da votação do Orçamento de 2025 pelo Congresso. "Nossa prioridade neste momento é a votação do Orçamento", declarou. "Mas a discussão (sobre o Imposto de Renda) está programada para 2025 e ela tem de acontecer em 2025", complementou. (Agência Brasil)

 

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