O volume comercializado entre o Ceará e o Exterior registrou queda de 14,3% em 2024, caindo de US$ 5,1 bilhões em 2023 para US$ 4,4 bilhões em 2024. Os dados constam no Comex Stat, sistema oficial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
A maior contração foi relativa ao volume exportado, que passou de pouco mais de US$ 2 bilhões em 2023 para US$ 1,4 bilhão no ano passado, uma queda de 27,8%. As importações também tiveram queda, embora menos expressiva, de 5,6%, indo de US$ 3,1 bilhões para US$ 2,9 bilhões.
Essa diferença de ritmos nas duas movimentações, fez com que o saldo da balança comercial cearense em 2024 crescesse 30,3%, indo de um déficit de US$ 1,1 bilhão para US$ 1,5 bilhão, no período analisado.
Entre os produtos mais vendidos do Ceará para outros países, estão os produtos semi-acabados, lingotes e outras formas primárias de ferro e aço, notadamente as placas de aço, que somam US$ 535,6 milhões em exportações.
Na segunda colocação, mas com volume bem menos expressivo aparecem os calçados, com US$ 117, 8 milhões vendidos para o Exterior. Completam a lista dos três produtos mais exportados do Estado, as “gorduras e óleos animais ou vegetais, processados, ceras, misturas ou preparações não alimentícias”.
Já entre os produtos mais comprados no Ceará, vindos de outros países, o principal destaque é o “carvão mesmo em pó, mas não aglomerado”, cujo valor importado foi de US$ 399,1 milhões em 2024.
Por sua vez, os “óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos” levaram os empresários cearenses a desembolsar US$ 274 milhões. Por fim, as importações de trigo e centeio exigiram um desembolso total de US$ 226,9 milhões.
O resultado estadual contrasta com o verificado nacionalmente. Em nível nacional, o País teve o segundo maior superávit de sua história, chegando a US$ 74,5 bilhões, apesar de ter sido inferior ao registrado em 2023.