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À espera de leilão, Porto do Mucuripe projeta R$ 35,5 milhões para 2025
Economia

À espera de leilão, Porto do Mucuripe projeta R$ 35,5 milhões para 2025

Diretor-presidente da Companhia Docas do Ceará (CDC) esteve reunido com o ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho, quando falaram sobre a execução orçamentária para 2025
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Porto do Mucuripe terá novo sistema de segurança (Foto: Fco Fontenele)
Foto: Fco Fontenele Porto do Mucuripe terá novo sistema de segurança

O Porto do Mucuripe esteve na pauta do ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho, que recebeu o diretor-presidente da Companhia Docas do Ceará, Lucio Gomes, em Brasília. Eles discutiram os planos e o orçamento para investimentos em 2025, com R$ 35,5 milhões a serem aplicados.

A reunião ocorre no mesmo período em que a CDC aguarda o anúncio da data do leilão para o arrendamento definitivo do terminal de contêineres, o que deve triplicar a movimentação do tipo no Porto.

Na oportunidade, Lucio fez um balanço das operações realizadas pela CDC, administradora do Porto do Mucuripe, em Fortaleza.

O encontro, realizado na última quinta-feira, 16 de janeiro, teve como pauta principal a apresentação do Planejamento Estratégico e a Execução Orçamentária 2025, formuladas e apresentadas pela CDC.

Diretor-presidente da Companhia Docas do Ceará, Lucio Gomes(Foto: CDC/Divulgação)
Foto: CDC/Divulgação Diretor-presidente da Companhia Docas do Ceará, Lucio Gomes

De acordo com a apresentação da execução orçamentária, foram aplicados R$ 10,87 milhões entre 2023 e 2024. O valor é maior do que o montante aplicado entre 2016 e 2022, quando o Porto recebeu R$ 10,83 milhões, o que demonstra o baixo nível de investimento na infraestrutura portuária.

Nos últimos anos, a média de aplicação de recursos em relação ao orçamento aprovado ficou próximo de 20%, ou seja, apenas 1/5 do orçamento foi executado.

A apresentação ainda conta com dados sobre os projetos em execução, como a previsão de aporte de R$ 3,9 milhões na duplicação e requalificação do acesso ao Terminal Marítimo de Passageiros.

Também há informações sobre projetos em fase final de contratação e licitação. No primeiro caso, destaque para a aquisição de defensas para os berços 102 e 103 e a construção de um novo galpão para vistoria de cargas (RFB), por R$ 1,7 milhão e R$ 509 mil, respectivamente.

Entre as licitações a serem realizadas, o presidente do Porto destaca a execução de trabalho de recuperação estrutural de concreto do Píer Petroleiro, com custo estimado em R$ 10,3 milhões, dos quais R$ 8,2 milhões seriam aportados em 2025.

Durante a última semana em Fortaleza, o diretor-presidente da CDC recebeu o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Eduardo Nery, e o chefe da Unidade Regional da Antaq de Fortaleza, Roni Perez.

Na visita institucional, os executivos trataram do processo de arrendamento definitivo da área onde o terminal de contêineres do Porto está localizado.

Essa é uma agenda prioritária para a gestão do Porto do Mucuripe em 2025. E, segundo o titular da Antaq, o processo será concluído neste ano.

A área a ser arrendada definitivamente está situada na estrutura alfandegada do Porto de Fortaleza. São 8,9 hectares que, segundo os dados consolidados mais recentes, movimentaram, em 2023, 63,1% mais contêineres do que em 2022.

Em março do ano passado, Lucio Gomes afirmou ao O POVO que o processo de arrendamento geraria um aporte de R$ 400 milhões em investimentos no terminal no período de, no mínimo, 25 anos de contrato com a empresa vencedora.

"Para isso, a área a ser arrendada passará dos atuais 8,9 hectares para 13,4 hectares, o que representa um aumento expressivo de 50%", disse.

Inicialmente, havia a expectativa de que a Antaq promovesse o leilão em novembro de 2024. A previsão, no entanto, não se confirmou.

Segundo a Companhia Docas, o operador transitório do espaço, a CMA Terminals, subsidiária da CMA CGM, já investiu mais de R$ 90 milhões no espaço.

A perspectiva da CDC e da Antaq é que a movimentação portuária mais que triplique a partir dos investimentos acordados no contrato de arrendamento definitivo.

A ideia é que a movimentação de contêineres suba do atual patamar de 100 mil TEUs para mais de 350 mil TEUs.

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