O Autódromo Internacional Virgílio Távora, na avenida Ayrton Senna, no Centro do Eusébio, Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), não irá mais a leilão e o terreno de 260 mil metros quadrados (m²) - cerca de 36 campos de futebol - é avaliado na política pública de habitação.
Uma tentativa de leilão foi realizada em 23 de dezembro do ano passado, mas não houve lances. A oferta mínima inicial era de R$ 61,29 milhões.
À época, a Companhia de Participação e Gestão de Ativos do Ceará, empresa vinculada à Secretaria da Fazenda do Ceará (Sefaz - CE), informou que o certame seria reavaliado, e propostas seriam apresentadas ao Conselho Estadual de Administração e Gestão de Ativos (Conag). A decisão foi confirmada nesta segunda-feira, 10 de fevereiro.
De acordo com Luiza Martins, presidente do CearaPar, o terreno não irá mais a leilão. Em contrapartida, o Estado está avaliando "diversas modelagens de negócios", considerando projetos de desenvolvimento urbanístico e imóveis alinhados à política pública de habitação e ao crescimento socioeconômico da região.
“Nosso objetivo é encontrar a melhor forma de gerar valor para este e outros imóveis do Estado, sempre observando as demandas do mercado e o interesse público”, ressaltou.
Conforme comunicado da CearaPar, outros ativos imobiliários estão sendo preparados para leilão, e novas oportunidades "serão divulgadas em breve à sociedade".
"A CearaPar segue comprometida com a busca por soluções inovadoras que impulsionem investimentos e contribuam para o desenvolvimento sustentável do Ceará", complementou em nota.
Em relação ao autódromo, o leilão foi considerado deserto pelo leiloeiro administrativo Expedito Pita Júnior, após os licitantes presentes terem desistido de manifestar seus lances.
Administrado atualmente pela Secretaria de Esporte do Ceará (Sesporte), o Autódromo do Eusébio é considerado não operacional para o Estado, ou seja, significa que o uso restrito não justifica a manutenção do ativo.
Quando o leilão foi anunciado, em novembro de 2024, a então presidente da CearaPar, Carolina Monteiro, enfatizou, sobretudo, a atratividade da localização do terreno.
Em seu entorno é possível encontrar casas, condomínios residenciais, escolas, supermercados, restaurantes, indústrias e a lagoa do Parnamirim.
A Companhia de Participação e Gestão de Ativos do Ceará é responsável por organizar e rentabilizar os ativos públicos do estado.
Ela está aberta para a recepção de propostas sobre todos os ativos do Estado, como a aquisição direta (compra, aluguel, permuta), a construção específica para um fim (built to suit), a venda com arrendamento de longo prazo (sale and leaseback) e também o naming rights. (Com Fabiana Melo)
Atualizado às 15h15min