O Polo de Inovação do Instituto Federal do Ceará (IFCE) captou R$ 200 milhões em recursos para desenvolvimento de pesquisas tecnológicas, em diferentes áreas, no ano de 2024.
O valor foi apresentado pelo reitor do IFCE, Wally Menezes, que fez uma visita institucional ao Grupo de Comunicação O POVO (GCOP), junto de uma comitiva da instituição, onde foi recepcionado pelo presidente executivo da empresa, João Dummar Neto, e por uma equipe de jornalismo.
Conforme o reitor do IFCE, pouco mais de 50 empresas estão desenvolvendo trabalhos conjuntos com o Instituto, atualmente, incluindo duas gigantes da tecnologia: a chinesa Huawei e a norte-americana Apple.
Uma das pontes para atrair investidores externos é a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), por meio da qual, 33 deles foram captados.
Ele esclarece que a empresa tem diferenças em relação ao conceito da Embrapa, que trabalha no desenvolvimento de pesquisas agropecuárias.
“Os pesquisadores da Embrapii são de instituições credenciadas e ela credencia essas instituições, conforme suas respectivas competências. Nós somos credenciados nas áreas de inteligência artificial e mobilidade digital”, explica.
O Polo de Inovação do IFCE foi criado em 2015 e, ao longo desse período, já desenvolveu projetos com mais de mil empresas. Para este ano, a expectativa é de captar mais de R$ 500 milhões por meio do programa Capacita Brasil, tocado em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a Universidade Estadual do Ceará (Uece) e o Instituto Atlântico.
Wally Menezes citou também a parceria que o IFCE deve estabelecer com a Prefeitura de Fortaleza para criação de um polo tecnológico entre as avenidas Monsenhor Tabosa e Dom Manuel, mas elencou o desafio de haver uma conexão entre o projeto e outras áreas da Capital.
“Não adianta só ter esse polo é preciso pensar em como vamos conversar com o Bom Jardim, com o Pirambu e com os demais bairros da cidade para não ficar tudo muito concentrado em uma só região. E não se faz isso sem recursos”, alerta.
Além de destacar a Tecnologia da Informação, o reitor do IFCE citou como as “ciências do século”, aquelas relacionadas à saúde e à produção de alimentos e vê uma mudança profunda no conceito que se tem atualmente sobre a internet.
“Eu tenho certeza que encontraremos novos caminhos para os relacionamentos. Está tudo muito digital, mas o meio mais seguro é o analógico. Os grandes segredos dos governos norte-americano e chineses não estão no meio digital, mas acredito que vamos ter alguma coisa nova”, analisou.
O assessor especial do Gabinete do IFCE, Ivam Holanda, por sua vez, destacou que o IFCE está se preparando para o desenvolvimento da cadeia do hidrogênio verde (H2V).
“No campus do Pecém, já começamos a receber eventos nessa área. Inclusive, nós tivemos quatro professores capacitados nessa área. Nós já temos um mestrado em Energias Renováveis e saímos agora com uma especialização em hidrogênio verde, justamente lá no Pecém, onde as empresas pretendem se instalar”, relatou.
Ele acrescentou que a especialização visa motivar as pessoas “porque no momento em que estiverem implementadas essas empresas, vai ser preciso ter pessoas capacitadas e, por isso, o IFCE já treinou esses profissionais”.
Também por ocasião da visita ao Grupo de Comunicação O POVO foi anunciada a intenção de se realizar um concurso no 2º semestre deste ano, com foco nos novos campi, incluindo dois a serem instalados em Fortaleza.
Finep
A chamada mais recente, em parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), teve 33 projetos aprovados, que vão receber R$ 16,8 milhões, com a previsão de beneficiar 971 MPMEs