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Produção industrial do Ceará tem terceiro maior crescimento do País em 2024
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Produção industrial do Ceará tem terceiro maior crescimento do País em 2024

Resultado é também o melhor do Estado nos últimos 11 anos, conforme o IBGE
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SETOR têxtil apresentou 
alta de 29,3% na produção (Foto: JÚLIO CAESAR)
Foto: JÚLIO CAESAR SETOR têxtil apresentou alta de 29,3% na produção

A produção industrial no Ceará teve crescimento de 6,9% em 2024, na comparação com 2023, conforme dados da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física Regional, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

O resultado é o 3º melhor do País, abaixo apenas dos desempenhos de Santa Catarina (7,7%) e do Rio Grande do Norte (7,4%).

Além disso, o desempenho da indústria cearense foi o maior dos últimos 11 anos e ficou acima da média global da indústria nacional, que avançou 3,1% em 2024, e da indústria na região Nordeste, cujo avanço foi de 2,5%.

Por outro lado, quando considerados apenas os dados de dezembro de 2024, o Ceará teve o quarto pior desempenho do País em termos de produção industrial, registrando uma queda expressiva, de 8,2%, inferior apenas às retrações registradas no Rio Grande do Norte (-21,1%), no Mato Grosso do Sul (-10,9%) e no Espírito Santo (-9,2%).

 

De acordo com levantamento feito pelo núcleo de inteligência da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece) o resultado foi puxado pelos seguintes setores: têxtil (29,3%), metal (28,4%), confecção (20,1%), calçados (18,3%) e metalurgia (15,1%).

“Os resultados destacam segmentos beneficiados pelos incentivos fiscais e imobiliários do Governo do Ceará, que buscam estimular a interiorização dos investimentos privados em nosso estado”, comemorou o presidente da Adece e responsável pela operacionalização do Fundo de Desenvolvimento Industrial (FDI), Danilo Serpa.

Para o governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), "esse resultado é fruto de um trabalho contínuo de fortalecimento de uma política eficiente de atração de investimentos, aliado às importantes parcerias que o Governo do Ceará tem firmado com a iniciativa privada. São números que representam mais emprego e renda para o nosso povo, além de impulsionar o desenvolvimento”.

A propósito da geração de empregos, o número de vagas formais geradas pela indústria cearense foi o maior registrado no Nordeste e o sexto no ranking nacional, com saldo de 13.557 empregos. O resultado é também o segundo melhor registrado no Estado, no último decênio, superado apenas pelo verificado em 2021, quando foi de 13.941, impulsionado pela retomada do pós-pandemia.

Nesse contexto, mesmo diante do temor gerado pela política tarifária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que deve atingir o aço produzido no Ceará, por exemplo, o presidente do Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-CE), Wandemberg Almeida, avalia que “o estado tem hoje a possibilidade de atrair novos clientes e pensar em novos mercados”.

“É um estado que tem dado atenção ao setor industrial e vem se preocupando em atrair novas empresas. Não é à toa que estamos vendo negociações com empresas de multimarcas para trazer a indústria automobilística para o estado. Além disso, a indústria de minerais e pedras ornamentais também tem crescido significativamente”, citou.

O presidente do Corecon-CE complementou pontuando que essa diversificação industrial “acaba refletindo positivamente no crescimento econômico e ferrovia Transnordestina vem para fortalecer ainda mais esse segmento, pois trará mais recursos para o Ceará neste momento”.

Resultados nacionais

Nacionalmente, a indústria cresceu em 17 dos 18 locais pesquisados em 2024 ante 2023, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física Regional, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Além de Santa Catarina, Rio Grande do Norte e Ceará, houve avanços nos seguintes estados: Pará (5,7%), Mato Grosso (5,4%), Pernambuco (4,6%), Paraná (4,2%), Amazonas (3,6%), Mato Grosso do Sul (3,5%), São Paulo (3,1%), Bahia (2,7%), Goiás (2,6%), Região Nordeste (2,5%), Maranhão (2,5%), Minas Gerais (2,5%), Rio Grande do Sul (0,6%) e Rio de Janeiro (0,1%). Na direção oposta, houve queda apenas no Espírito Santo, recuo de 1,6%.

"Em 2024, o avanço verificado na indústria nacional aconteceu tendo uma baixa base de comparação em 2023, o que favorece o crescimento nesse tipo de avaliação. Regionalmente, houve um ganho de ritmo na indústria, com expansão em quase todos os locais pesquisados", avaliou Bernardo Almeida, analista da pesquisa do IBGE, em nota oficial. (Com Agência Estado)

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