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Lupi: sou contra bets e quero que beneficiário do INSS não use dinheiro para apostas
Economia

Lupi: sou contra bets e quero que beneficiário do INSS não use dinheiro para apostas

Ministro disse que já conseguiu impedir que o dinheiro do consignado seja usado para apostas e vai se esforçar para estender isso ao provento
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Entrevista foi concedida na sede do PDT, em Fortaleza, onde Lupi cumpria agenda política (Foto: FÁBIO LIMA)
Foto: FÁBIO LIMA Entrevista foi concedida na sede do PDT, em Fortaleza, onde Lupi cumpria agenda política

O ministro Carlos Lupi (Previdência Social) afirmou que é contra a operação das bets, as casas de apostas online, no País e busca impedir que os beneficiários do Instituto Nacional de Seguro Social usem o provento para tentar a sorte nestes sites.

"No consignado, no empréstimo, já não pode. Eu consegui fazer uma regulamentação. Agora, no recebimento do provento, está no direito constitucional e eu não consegui ainda. Mas eu não desisti", afirmou em visita ao Ceará nesta sexta-feira, 14.

A opinião dele é compartilhada com especialistas de diversas áreas, desde a economia até à medicina, uma vez que o vício pode gerar problemas no orçamento e na saúde das pessoas.

Entidades do comércio e médicos já manifestaram atenção com a liberação das bets no Brasil, com agravo para o uso de benefícios sociais, como o Bolsa Família.

"Eu sou fruto de uma história familiar, que eu prefiro não revelar, que o jogo destruiu a minha família. Tirou a vida do meu pai por causa de corrida de cavalo. Tenho muito preconceito e quero confessar", revelou Carlos Lupi, justificando o entendimento sobre o caso.

Mais facilidade no consignado

Preservados os direitos dos beneficiários e pensionistas, Lupi diz querer avançar sobre os ganhos conquistados no âmbito do empréstimo consignado.

O aumento do teto das prestações de 84 e 96 meses e a redução dos juros para 1,80% mensais são destacados por ele como vantagens para uma população que já assumiu o consignado como parte da renda.

"O consignado tem pouco mais de 16 milhões de pessoas. Elas não conseguem sair mais do consignado. Elas pegam renda para melhorar a casa, comprar um bem, parcelar algo... É uma taxa de 1,80% ao mês enquanto o sistema de crediário é de 20% a 25%", comparou.

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