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Entidades divergem sobre adiamento
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Entidades divergem sobre adiamento

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Cerca de 220 mil m³ do produto podem ter sido vendidos com menos biodiesel do que deveriam em novembro e dezembro de 2024, em estados como Paraná e São Paulo
 (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil Cerca de 220 mil m³ do produto podem ter sido vendidos com menos biodiesel do que deveriam em novembro e dezembro de 2024, em estados como Paraná e São Paulo

Entidades relacionadas às cadeias produtivas de combustíveis divergiram sobre o adiamento no aumento da proporção da mistura do biodiesel ao diesel, anunciado pelo CNPE.

Para a Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio) o adiamento, por tempo incerto, da adoção do B15 (mistura de biodiesel no diesel fóssil em 15%) compromete investimentos e a previsibilidade para toda a cadeia de negócio.

O presidente do Conselho de Administração da Aprobio, Francisco Turra, declarou em comunicado que "parecia inconcebível ter uma quebra de compromisso estabelecidos pelo País nesse processo de transição energética a partir da aprovação do Combustível do Futuro, mas uma visão equivocada do impacto da evolução da mistura de biodiesel na inflação vai comprometer o desempenho em toda a cadeia produtiva, colocando em risco altos volumes de investimentos anunciados".

Por sua vez, o Instituto Combustível Legal (ICL) disse que a decisão de manter o teor de 14% de biodiesel no diesel foi acertada por dar mais tempo para se discutir uma fiscalização efetiva para evitar adulterações no teor verificado em lei.

"A definição do CNPE foi uma sinalização positiva para que possamos debater com as autoridades e representantes do setor como aperfeiçoar os mecanismos de fiscalização", avaliou o presidente do Insituto, Emerson Kapaz.

Na análise do ICL, cerca de 220 mil m³ do produto podem ter sido vendidos com menos biodiesel do que deveriam em novembro e dezembro de 2024, no Paraná e em São Paulo. Foram visitados 154 postos naqueles estados.

Do total das amostras coletadas, 55 - cerca de 36% - apresentaram mistura fora do padrão da legislação, sendo que 9 amostras tinham menos de 1% de biodiesel.

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