Sobral, Eusébio e Marco são os municípios cearenses com melhor Índice de Desenvolvimento Municipal (IDM), segundo o Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).
O indicador, medido a partir de quatro dimensões: economia, governança pública, social e ambiental, também apresentou evolução no Estado, saindo de uma média geral de 0,5042, em 2019, para 0,5703, em 2022.
Para uma cidade ser considerada em alto nível de desenvolvimento, o índice deve ser superior a 0,700. Nesse sentido, segundo o estudo, apenas três cumprem o requisito globalmente: Sobral (0,7545), Eusébio (0,7463) e Marco (0,7252).
Além destes, completam as dez primeiras posições do ranking: Aracati (0,6921),Jaguaribe (0,6804), Alcântaras (0,6802), Horizonte (0,6784), Fortaleza ( 0,6733), Tauá ( 0,6692) e Novas Russas (0,6685).
Para o presidente do Ipece, Alfredo Pessoa, o levantamento ajuda a compreender não apenas a situação de um município isoladamente, mas também a importância de trabalhar em conjunto por meio de consórcios, algo essencial para a política pública.
"É importante avaliar em qual dimensão um município teve pior desempenho. Como a dimensão social está bem consolidada em quase todos os municípios, a piora pode ser na econômica, ambiental ou na governança. A governança está relacionada à gestão fiscal, enquanto a econômica envolve a atividade produtiva. Já a ambiental considera índices avaliados por órgãos responsáveis", ressalta.
Em 2019, a Capital ocupava o terceiro lugar no ranking, porém, obtinha um índice menor (0,6630). Conforme explicou o analista de políticas públicas do Ipece, Cleyber Medeiros, o resultado significa que outros municípios apresentaram desempenhos melhores do que Fortaleza.
"Quando analisamos o índice, observamos que o município avançou na dimensão ambiental e na social, melhorando as condições de saúde e educação. Na dimensão econômica, manteve-se estável. No entanto, na governança pública, houve uma queda. Os indicadores dessa dimensão incluem a gestão fiscal e a transparência dos municípios."
A dimensão que teve maior crescimento de 2019 para 2022 foi a econômica (22,6%). O índice médio saiu de 0,4359 para 0,5344 e destaca a relevância do crescimento econômico sustentável como elemento essencial para o desenvolvimento municipal.
Os indicadores utilizados nesta dimensão refletem a capacidade dos municípios de gerar riqueza, formalizar o mercado de trabalho e qualificar a mão de obra local. O destaque ficou com Pereiro (0,8577), Eusébio (0,8185) e Fortaleza (0,7918).
Já a outra dimensão é a ambiental, a qual expressa a relevância da sustentabilidade e da preservação dos recursos naturais como pilares para o desenvolvimento sustentável e a melhoria da qualidade de vida.
Como parâmetro, é levado em consideração tanto o acesso da população aos serviços de saneamento básico quanto os impactos das ações humanas no meio ambiente. As cidades mais desenvolvidas são: São Benedito (0,7259), Jardim (0,7133) e Sobral (0,6924).
Além disso, há o âmbito social, que enfatiza a importância de promover condições de vida digna e o bem-estar da população. Neste caso, avalia aspectos relacionados à saúde, educação e segurança pública.
De 2019 para 2022, houve um aumento relativo de 8,6%, visto que saiu de 0,6289 para 0,6839. Entre os municípios com maiores índices, aparecem Alcântaras (0,8717), Eusébio (0,8713) e Pacujá (0,8598).
Por fim, tem a dimensão de governança pública. Ela analisa a capacidade institucional e financeira dos municípios, elementos essenciais para garantir a oferta de serviços públicos de qualidade e o atendimento
às demandas da população.
A média aumentou de 0,5283 em 2019 para 0,5769 em 2022, representando uma alta relativa de 9,2%. Assim, os que obtiveram destaque foram: Marco (0,8810), Tauá (0,8674) e Icapuí (0,8555).