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Governo irá ampliar política de reconhecimento facial para áreas de grande fluxo, diz Etice
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Governo irá ampliar política de reconhecimento facial para áreas de grande fluxo, diz Etice

Após sistema facial no Castelão, Governo do Estado irá implantar mais 200 equipamento em pontos de grande circulação em Fortaleza
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PRESIDENTE da Etice, Francisco Barbosa, destacou que sistema de reconhecimento facial tem grande eficácia (Foto: Samuel Setubal)
Foto: Samuel Setubal PRESIDENTE da Etice, Francisco Barbosa, destacou que sistema de reconhecimento facial tem grande eficácia

O Governo do Ceará tem projeto de instalação de mais 200 câmeras de reconhecimento facial em pontos de grande circulação em Fortaleza. O plano foi detalhado ao O POVO pelo presidente da Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará (Etice), Francisco Barbosa.

A primeira experiência oficial dessa tecnologia será realizada neste sábado, 15, na Arena Castelão, durante a final do Campeonato Cearense de futebol, entre Fortaleza Esporte Clube e Ceará Sporting Club. O público esperado é de mais de 60 mil torcedores e, segundo a Etice, aproximadamente 40 mil cadastros faciais já foram realizados.

O registro é obrigatório para entrada no estádio e deve ser feito previamente pelo site https://arenacastelao.info/biometria-facial/.

Barbosa revela ao O POVO que a tecnologia possui grande eficácia e que pessoas com mandados de prisão em aberto foram capturadas a partir de testes realizados com a tecnologia em Fortaleza. Ele explica,
no entanto, que os locais não podem ser informados em razão do sigilo da operação.

No Castelão, são quase 380 câmeras e 125 catracas eletrônicas com reconhecimento facial instaladas. Acrescente ainda que até mesmo equipamentos em elevadores e áreas nos arredores do estádio estão com o sistema embarcado.

"Já temos um projeto para instalar mais de 200 câmeras dentro da Cidade. Temos que seguir os passos neste sentido, curtos e firmes. Vamos implantar e fazer os cruzamentos para depois ir ampliando a capacidade", afirma.

A experiência no Castelão é vista como um grande laboratório para o uso da tecnologia e o plano é expandir o uso para outros locais de Fortaleza, como a Beira-Mar, shoppings, mercados e praças, diz o presidente da Etice.

Ele destaca que o desejo do Governo é incluir no monitoramento os circuitos privados e fazer os cruzamentos possíveis para identificar quem circula em ambientes, como shopping centers.

“O que nós precisamos fazer é fechar um cerco dentro do Estado de tal maneira a transformar a vida de pessoas com dívida na Justiça numa vida desinteressante. Por isso é muito importante esse sistema de reconhecimento total, porque eles vão ser impedidos de circular. Se circular, vai ser capturado. Esse é o recado que o nosso secretário (da Segurança Pública) Roberto Sá vai passar para todo mundo”, disse o presidente da Etice, que também participou de entrevista na Rádio O POVO CBN.

Ele destaca que essa ampliação da quantidade de câmeras de monitoramento ligadas ao sistema de reconhecimento facial depende da resolução do equipamento, mas a intenção é expandir as opções e áreas cobertas.

Para o futuro, alternativas como drones com câmeras inteligentes também são vistas como possíveis, principalmente para casos de eventos com grande multidão, como no Carnaval.

A implementação do sistema de reconhecimento facial é uma tecnologia desenvolvida pela Etice em parceria com a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará (SSPDS). Outras ações, como os programas Moto Segura e Meu Celular também contam com apoio e desenvolvimento técnico da empresa.

Por meio dos programas, mais de 4 mil celulares roubados foram recuperados e devolvidos aos proprietários. E, desde novembro de 2024, o Estado tem a capacidade de rastrear motos furtadas de mototaxistas e entregadores cadastrados no Moto Segura.

Outro sistema de segurança desenvolvido pela Etice foi o serviço de Radiocomunicação para as forças de segurança do Estado. Posteriormente, contrato foi firmado e a solução foi adotada também pela Polícia Rodoviária Federal. O serviço oferece sinal para os 184 municípios do Ceará e realiza 760 mil chamadas por mês.

Cadastramento facial no Castelão; semana de final do Cearense | Esportes do POVO

 

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Segurança em pontos críticos para conectividade é reforçada após ataques

O Governo do Ceará tem trabalhado no reforço do monitoramento para aumentar a segurança em pontos de entroncamento do Cinturão Digital do Ceará. A medida é realizada pela inteligência das forças de segurança do Estado e ocorre após série de ataques a empresas provedoras de internet.

No último dia 27 de fevereiro, o Complexo do Pecém registrou falhas no serviço de internet após ataque do Comando Vermelho. À época, um provedor de internet relatou ao O POVO ter ouvido ameaças também ao Cinturão Digital.

Questionado sobre essa situação, o presidente da Etice, Francisco Barbosa, afirmou que uma série de ações estão sendo feitas pelo Estado para trazer maior segurança não apenas para as operações do Cinturão Digital, mas também para as empresas de internet, a exemplo do reforço do policiamento onde ficam os troncos de conexão.

"Os principais locais onde estão os troncos de conexão da Etice recebem atenção da SSPDS, que aumenta o patrulhamento nas rotas próximas a esses locais."

O Cinturão Digital possui uma extensão de 5.700 km e chega a 134 municípios cearenses. Gerenciado pela Etice, a infraestrutura é utilizada por outras empresas de tecnologia e telecomunicações. A ideia é que o Cinturão chegue a 400 gigabites por segundo de capacidade.

Outra frente de ações é reforçar a estrutura para garantir que não ocorra interrupções no fornecimento do serviço. A medida vale também para os casos de quedas de energia. O Cinturão Digital tem capacidade de funcionamento de 8 a 10 horas mesmo que falte luz a partir de redundâncias na rede e sistemas de nobreaks.

"Todos os nossos sistemas têm redundâncias. AÍ a gente tem garantido isso aí para que possa funcionar. A gente está tentando fazer, ter uma estrutura de controle de energia com nobreaks e com baterias para que mesmo que falte energia, a gente consiga garantir a internet para todo mundo", pontua.

 

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Barbosa destacou ainda que a Etice trabalha para expandir a estrutura própria do Cinturão Digital a todos os municípios cearenses até 2026

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