Logo O POVO+
Dólar tem 7º pregão consecutivo de queda e fecha a R$ 5,6480
Economia

Dólar tem 7º pregão consecutivo de queda e fecha a R$ 5,6480

|Cotação| O real apresentou o melhor desempenho entre as divisas mais relevantes, em meio à espera da decisão sobre a Selic
Edição Impressa
Tipo Notícia Por
DÓLAR chegou a bater R$ 5,63 
durante as oscilações no dia (Foto: FÁBIO LIMA)
Foto: FÁBIO LIMA DÓLAR chegou a bater R$ 5,63 durante as oscilações no dia

O dólar emendou ontem o sétimo pregão consecutivo de queda no mercado local, na contramão do sinal predominante de alta da moeda americana no Exterior, e encerrou no menor nível desde meados de outubro.

O real apresentou o melhor desempenho entre as divisas mais relevantes, em meio a relatos de continuidade desmonte de posições defensivas por parte de investidores estrangeiros à espera de nova alta da taxa Selic em 1 ponto porcentual, confirmada depois pelo Comitê de Política Monetária (Copom), no período da noite.

Siga o canal de Economia no WhatsApp para ficar bem informado

Em leve baixa desde o início da tarde, o dólar renovou mínimas na casa de R$ 5,63 após a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), seguida por entrevista coletiva do presidente da instituição, Jerome Powell.

Como esperado, o BC dos EUA manteve a taxa básica no nível entre 4,25% e 4,50%. A surpresa ficou por conta da diminuição do ritmo de redução do balanço do Fed, o que na prática significa drenar menos liquidez do mercado.

Chamaram a atenção dos analistas também o anúncio da diminuição das projeções para o crescimento, em ambiente de alta incerteza em razão da política tarifária de Donald Trump, e o fato de nove dirigentes do Fed projetarem taxas de juros 50 pontos-base menores no fim deste ano.

Com mínima a R$ 5,6325, o dólar fechou em queda de 0,42%, a R$ 5,6480 - menor nível desde 14 de outubro (R$ 5,5827). A divisa já acumula perdas de 1,66% na semana e de 4,53% em março - o que leva a desvalorização em 2025 a 8,61%.

Powell reiterou em coletiva de impressa que a política monetária está bem posicionada para lidar com o duplo mandato da instituição (inflação na meta e máximo emprego) e que não há pressa em alterá-la, ainda mais com o nível de incerteza "incomumente elevado".

O presidente do Fed ressaltou que é prematuro avaliar o impacto das políticas de Trump para comércio e imigração sobre os índices de preços, mas resgatou uma expressão utilizada à época da pandemia ao dizer que o cenário-base é de inflação "transitória". (Agência Estado) 

Mais notícias de Economia

O que você achou desse conteúdo?