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Ceará abre 6.488 vagas de emprego formal em fevereiro, diz Caged
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Ceará abre 6.488 vagas de emprego formal em fevereiro, diz Caged

Segundo os dados, foram 60.215 admissões e 53.727 desligamentos no mês. Fortaleza contribuiu com abertura de 4.361 vagas no período, o 11º melhor desempenho entre os municípios brasileiros
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Setor de construção civil foi destaque na geração de empregos no Ceará, em fevereiro, liderando em número de vagas abertas no Nordeste (Foto: Samuel Setubal)
Foto: Samuel Setubal Setor de construção civil foi destaque na geração de empregos no Ceará, em fevereiro, liderando em número de vagas abertas no Nordeste

O Ceará abriu 6.488 vagas de emprego formal em fevereiro. Segundo dados do Caged, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), foram 60.215 admissões e 53.727 desligamentos no mês. Quem mais contribuiu para o resultado estadual foi Fortaleza, com saldo positivo de 4.361 postos em fevereiro, sendo ainda a 11º cidade brasileira com melhor desempenho.

O total de trabalhadores cearenses ativos com carteira assinada chegou a 1,4 milhão. Ao nível estadual, o resultado do mês é quase duas vezes melhor do que o saldo obtido em 2024, de 3.423 vagas. E é o melhor para o mês desde 2022, quando foram geradas novas 8.289 postos de trabalho.

O que motivou o bom desempenho do mercado de trabalho local foi o setor de serviços, responsável por abrir 3.339 novas oportunidades de emprego.

Em seguida, vem o setor da construção (saldo positivo de 1.317); o comércio (1.155); a indústria (762); além do setor de agropecuária, que apresentou saldo negativo, de 85 vagas.

Nas redes sociais, o governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), celebrou o resultado, destacando mais de 114 mil novos empregos desde o início de seu governo.

"Isso é resultado de muito trabalho para atrair investimentos, fortalecer empresas e impulsionar os negócios locais. E queremos mais! Seguiremos firmes para gerar ainda mais oportunidades para o nosso povo", disse.

Destrinchando os dados de contratações, os segmentos que mais contrataram no Estado foram os de serviços (1.834), da indústria extrativa e construção civil (1.604), profissionais de ensino (1.186), trabalhadores de funções transversais da indústria (641) e vendedores e prestadores de serviços do comércio (554).

Para o economista Wandemberg Almeida, presidente do Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-CE), o papel dos serviços no resultado dialoga com a produção de riquezas observada no Produto Interno Bruto (PIB), que teve resultado divulgado nesta semana.

Para ele, a alta na empregabilidade também é reflexo do papel importante exercido pelas micro e pequenas empresas na economia, beneficiadas por programas que induzem a sua formalização.

"É um setor com alta empregabilidade e rápida capacidade de contratação. O Ceará tem se destacado nos últimos anos ao reduzir a burocracia para a formalização e reabertura de empresas, além de buscar maneiras de diminuir a informalidade. Tudo isso faz parte de uma estratégia para incentivar o empreendedorismo, promover a criação de novos negócios e ampliar a oferta de empregos formais", analisa.

Em Fortaleza foram 33,7 mil contratações e 29,3 mil desligamentos, saldo positivo de 4.361.

A lista dos municípios que mais geraram empregos formais é liderada por São Paulo, que teve saldo positivo de 37.331, seguido de Rio de Janeiro (18.992) e Belo Horizonte (10.079). Entre os nordestinos, apenas Salvador teve número melhor do que Fortaleza, com saldo de 7.271.

Ao nível regional, o Ceará teve o melhor desempenho entre os estados na empregabilidade do setor de construção, com 1.317 vagas, seguido de Pernambuco (1.276) e Bahia (1.170).

O titular da Secretaria do Trabalho do Estado, Vladyson Viana, a perspectiva é de que, além dos investimentos públicos, os projetos privados anunciados devem continuar gerando novos empregos e promovendo a descentralização da geração de vagas para o Interior.

Ele destaca que espera avanço especialmente na geração de empregos na indústria o que, por consequência, esses empregos repercutirão na economia local, aquecendo o comércio e o setor de serviços.

"Temos convicção de que em 2025 a indústria seguirá em expansão, atraindo mais investimentos privados. Estamos vendo avanços em vários setores, como a indústria de transformação, tecnologia e, mais recentemente, a indústria automotiva."

E completa: "Com esse crescimento, há um impacto direto na geração de empregos na indústria, que são, em geral, mais bem remunerados e duradouros".

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Veja os municípios que mais geraram empregos no Brasil - fevereiro/2025

  1. São Paulo: 37.331
  2. Rio de Janeiro: 18.992
  3. Belo Horizonte: 10.079
  4. Curitiba: 10.046
  5. Salvador: 7.271
  6. Brasília: 7.030
  7. Goiânia: 5.945
  8. Guarulhos-SP: 5.081
  9. Porto Alegre: 4.686
  10. Campinas-SP: 4.676
  11. Fortaleza: 4.361
    Fonte: Caged/MTE

Brasil criou quase 432 mil empregos formais

O Brasil fechou o mês de fevereiro com saldo positivo de 431.995 empregos com carteira assinada, segundo o Novo Caged, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Segundo a pasta, esse é o maior saldo mensal registrado na nova série histórica, iniciada em 2020.

O resultado de fevereiro decorreu de 2.579.192 admissões e de 2.147.197 desligamentos. No acumulado do ano, o saldo foi positivo em 576.081 empregos. Já nos últimos 12 meses, foi registrado saldo de 1.782.761 empregos.

Em relação ao estoque, a quantidade total de vínculos celetistas ativos, o País registrou, em fevereiro, um saldo de 47.780.769 vínculos.

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, disse durante coletiva em Brasília que os números de fevereiro são resultantes da política de investimentos e reindustrialização do país adotada pelo Governo Federal.

"Nós estamos com um programa de reindustrialização, estamos motivando que a indústria se prepare para produzir os equipamentos de saúde, em vez de importar. Nós estamos com todo o debate sobre a transição climática, motivando investimento, queremos produzir Combustível Sustentável de Aviação (SAF)", continuou.

O maior crescimento do emprego formal no mês passado ocorreu no setor de serviços, com a criação de 254.812, postos, variação de 1,1% em relação a janeiro. Na indústria, foram 69.884 postos, variação de 0,78%. No comércio, foram criados 46.587 postos (0,44%); na construção, foram 40.871 postos (1,41%); e na agropecuária, foram 19.842 postos ou 1,08%.

Com exceção de Alagoas, todos os estados tiveram resultado positivo na geração de emprego no mês passado.

O salário médio de admissão foi de R$ 2.205,25. Comparado ao mês anterior, houve uma redução real de R$ 79,41 no salário médio de admissão, uma variação em torno de - 3,48%. (Agência Brasil)

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