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Barracas de praia esperam receber 500 mil pessoas no feriadão da Semana Santa
Economia

Barracas de praia esperam receber 500 mil pessoas no feriadão da Semana Santa

| Em 4 dias | Já no setor hoteleiro, a presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Ceará (ABIH-CE), Ivana Bezerra, projeta uma ocupação de 77%
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MOVIMENTO no fim de semana teve maior 
público à tarde, segundo os empresários (Foto: Samuel Setubal)
Foto: Samuel Setubal MOVIMENTO no fim de semana teve maior público à tarde, segundo os empresários

Com a Semana Santa e o feriado de Tiradentes, fortalezenses e turistas aproveitaram o sol deste sábado, 19, para curtir a Praia do Futuro, um dos principais cartões-postais da Capital. 

No período, segundo a presidente da Associação dos Empresários da Praia do Futuro (AEPF), Fátima Queiroz, a expectativa é receber em torno de 500 mil pessoas até hoje, 21.

"Feriadão esticado desse jeito sempre traz um movimento extraordinário e, com esta contribuição do sol presente todos os dias, só dá praia."

Além disso, explica que desde quinta-feira o fluxo cresce, com público local e regional, além de vários estados do Brasil. Na manhã deste sábado, O POVO identificou uma movimentação tranquila, porém, Fátima Queiroz explica que o período da tarde é o que tem a maior adesão.

Já no setor hoteleiro, a presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Ceará (ABIH-CE), Ivana Bezerra, projeta uma ocupação de 77%.

"Nós fizemos uma pesquisa na terça-feira e a previsão era de 76,5%, ou seja, 20 porcento a mais que o ano passado, quando atingiu 56,5%. Então eu imagino que vai fechar nos 77%, porque às vezes as pessoas deixam pra reservar em cima da hora."

A Secretaria do Turismo do Ceará (Setur-CE) prevê uma movimentação de R$ 280 milhões na economia cearense. A perspectiva é de que o Estado receba 155 mil turistas, montante 15,4% maior do que o registrado em relação à igual período de 2024.

Confira fotos da praia na Semana Santa

O prazer da praia

Um dos que aproveitou a manhã ensolarada do último sábado foi o fotógrafo João Vitor, de 24 anos. Residente de Mossoró, município no Rio Grande do Norte, o turista comenta que a ideia é ficar em Fortaleza mesmo, curtindo as praias da cidade com a família. 

"Nós alugamos um Airbnb porque somos sete. Sempre quando dá um tempinho, algum feriado, a gente vem pra cá pela proximidade e também pela tranquilidade, pelos atrativos. Mas é a primeira vez que a família está completa."

Além da Praia do Futuro, o objetivo é conhecer mais pontos turísticos da cidade como o Parque do Cocó, a Beira Mar, a Rua das Tabajaras, entre outros.

Já a assistente social e escritora, Savia Ferraz, de 73 anos, é de origem pernambucana, mas vive em Fortaleza há mais de 30 anos. Por isso, quase toda semana frequenta o local. Desta vez, no entanto, comemorava um motivo especial: o término de um tratamento de câncer de mama.

"Eu estou aqui tentando fazer uma reconquista da minha vida, esse é um momento totalmente novo para mim, nada melhor do que sol, suor [...] E a gente adora essa terra, que é um povo feliz, é um povo completamente descontraído, bem-humorado, e aqui tem praias belíssimas. Pernambuco também tem, só que aqui há uma organização prévia para receber um turista, há toda uma infraestrutura."

A oportunidade de renda

Enquanto uns aproveitam o feriadão para um momento de lazer, outros enxergam uma oportunidade de renda. É o caso do ambulante Francisco Elton, de 40 anos, que comercializa produtos como viseiras e bonés há 10 anos.

Durante a semana, trabalha em um emprego formal, mas enxerga os feriados e fins de semana como uma chance de ganhar um dinheiro extra.

"Eu comecei primeiro porque a minha esposa fazia tiara. Aí eu vim vender e o meu compadre disse para tentar o ramo de chapéu. Tem dia que a gente vende umas 10 peças, tem dia que vende duas, três, e assim vai."

Até o momento, porém, sente que o movimento diminuiu bastante em relação ao ano passado. "Caiu muito as vendas, pouca gente também. Acho que o povo aproveitou o feriadão pra muita gente viajar", finaliza.

Outro que percebeu a queda foi o vendedor de coco, Wallace Santos, de 22 anos. "Ontem (sexta-feira), para início de feriado não foi legal, diferente dos anos que realmente valia a pena trabalhar na praia. Então, a gente está na expectativa de até segunda-feira ser bom, ser lotação mesmo."

Trabalhando há quase quatro meses na área com a sua tia, ele estima que as vendes girem em torno de 200 cocos por fim de semana. 

"Até então eu não trabalhava com o coco. Foi ela que foi me ensinando os macetes, aí depois eu vim trabalhar com o meu tio. Ele foi me ensinando como abrir coco, como atender as mesas, conversar com os clientes. Hoje estamos aqui. Graças a Deus, se mantendo."

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