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Governo central tem superávit de R$ 1 bi no mês de março
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Governo central tem superávit de R$ 1 bi no mês de março

| Brasil | Foi o melhor desempenho, descontada a inflação, para o mês desde 2021
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Brasília (DF), 30/05/2023 -  O secretário do Tesouro, Rogério Ceron, dá entrevista coletiva  para comentar o resultado do Tesouro Nacional de abril. Fot José Cruz/Agência Brasil. (Foto: José Cruz/Agência Brasil)
Foto: José Cruz/Agência Brasil Brasília (DF), 30/05/2023 - O secretário do Tesouro, Rogério Ceron, dá entrevista coletiva para comentar o resultado do Tesouro Nacional de abril. Fot José Cruz/Agência Brasil.

As contas do chamado governo central - que congrega Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central - registraram superávit de R$ 1,096 bilhão em março, o melhor desempenho em termos reais (descontada a inflação) para o mês desde 2021. A série histórica foi iniciada em 1997.

Em março de 2024, o resultado havia sido negativo em R$ 1,024 bilhão, em valores nominais. Com o resultado, o saldo no acumulado do ano vai a R$ 54,532 bilhões, maior patamar para o período desde 2022.

Em março, as receitas tiveram alta de 2,2% na comparação com igual mês do ano passado. No acumulado de 2025 até março, houve alta real de 2,8%. As despesas caíram 0,5% em março, já descontada a inflação, em relação ao mesmo período de 2024. No acumulado dos três primeiros meses do ano, a variação foi negativa em 3,4%.

Já em 12 meses até março, o governo central apresenta déficit de R$ 10,9 bilhões, equivalente a 0,07% do PIB. Desde janeiro de 2024, o Tesouro passou a informar a relação entre o volume de despesas sobre o PIB, uma vez que o arcabouço fiscal busca a estabilização dos gastos públicos.

Para 2025, o governo almeja um resultado primário neutro (0% do PIB), sendo permitida uma variação de 0,25 ponto porcentual para mais ou menos, conforme estabelecido no arcabouço. Assim, o limite seria um déficit de até R$ 31 bilhões. O limite de despesas para 2025 é fixo em R$ 2,249 trilhões.

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, estimou que o pagamento de precatórios da União em 2025 deverá somar aproximadamente R$ 70 bilhões, que serão pagos no mês de julho. Ele esclareceu que essa programação já está sendo alinhada com os tribunais envolvidos, especialmente o Conselho da Justiça Federal (CJF), que concentra o maior volume desses pagamentos.

Desses R$ 70 bilhões, cerca de R$ 44 bilhões não devem contar para o cálculo do cumprimento da meta de déficit primário zero neste ano, detalhou o subsecretário de Planejamento Estratégico da Política Fiscal, David Rebelo Athayde. (Agência Estado)

 

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Em relação aos pagamentos de precatórios de 2027 em diante, Ceron defendeu a necessidade de uma discussão transparente sobre a questão até meados do ano que vem

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