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ArcelorMittal Pecém tem lucro de R$ 1,15 bilhão em 2024, aponta balanço
Economia

ArcelorMittal Pecém tem lucro de R$ 1,15 bilhão em 2024, aponta balanço

Empresa fechou a marca de 3 milhões de toneladas de placas de aço, pelo segundo ano consecutivo, e ampliou o portfólio de aços especiais, que chegou a 40,5% da produção total
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A produção da ArcelorMittal Pecém alcançou a marca de 3 milhões de toneladas de aço por ano (Foto: JÚLIO CAESAR)
Foto: JÚLIO CAESAR A produção da ArcelorMittal Pecém alcançou a marca de 3 milhões de toneladas de aço por ano

ArcellorMittal Pecém divulgou balanço de 2024 com demonstrações financeiras, entre outros dados e iniciativas significativas que marcaram o ano passado. Nele, a companhia aponta lucro líquido pouco superior a R$ 1,152 bilhão, ante um prejuízo de aproximadamente R$ 1,341 bilhão em 2023.

O lucro bruto, por sua vez, foi de R$ 1,195 bilhão no ano passado, inferior aos R$ 1,559 bilhão registrados em 2023. Já a receita líquida de vendas ficou em R$ 10,5 bilhões em 2024, ante 10,7 bilhões no ano imediatamente anterior.

De acordo com o CEO da ArcelorMittal Pecém, Erick Torres, 2024 foi segundo ano consecutivo - desde o início da operação da planta, em 2016 – com a produção de 3 milhões de toneladas de placas de aço por ano, sua capacidade máxima instalada” e relembra a conclusão dos investimentos na unidade da ordem de R$ 11,2 bilhões da multinacional na unidade instalada do Ceará, ainda no ano de 2023, como parte de um programa maior para o País, que visa investir R$ 25 bilhões até 2028.

Nesse sentido, o executivo citou a ampliação do portfólio da unidade, que passou a produzir no ano passado “281 novos tipos de aços, dos quais 40 são de alto valor agregado. A participação desses aços especiais alcançou, conforme o CEO da ArcelorMittal Pecém, 40,5% da produção total de 2024”.

Torres acrescenta como ação importante para esse resultado a implementação de um programa de excelência operacional “que tem como objetivo aprimorar continuamente os processos produtivos e operacionais da unidade, assegurando elevados padrões de eficiência, qualidade e sustentabilidade”.

Agenda ESG

A mensagem da administração da ArcelorMittal Pecém destacou também diversas ações da empresa referentes à chamada agenda ESG (sigla inglesa para compromissos ambientais, sociais e de governança).

Entre elas, a marca de ter atingido, em 2024, a marca de 17% de mulheres em postos de liderança na unidade cearense, dentro da meta de atingir 25% até o ano de 2030. Outro destaque foi o incremento de pessoas com deficiência (PCDs) da ordem de 161,9%, passando de um percentual de 2,1% para 5,5% entre 2020 e 2024.

Além disso, o CEO da companhia, Erick Torres, ressaltou que “com o intuito de impulsionar o desenvolvimento de jovens talentos na região do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp), a unidade priorizou vagas de aprendiz e estágio para moradores dos municípios vizinhos. Essa ação promove o acesso de novos talentos à indústria local e também valoriza as pessoas que fazem parte da comunidade onde a unidade está inserida. Do total de empregados, 69,5% são naturais do Ceará”.

Na questão ambiental, o executivo elencou ações voltadas à promoção da descarbonização de operações e da cadeia produtiva, como um todo, “incluindo o teste da utilização de veículos 100% elétricos no transporte de placas e as ações de implementação de novas aplicações para coprodutos e da melhoria da eficiência energética”.

Torres cita ainda uma parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC) para desenvolver “um novo cimento que utiliza 100% dos coprodutos gerados na produção de aço. O projeto incorpora escória granulada de alto-forno, contribuindo para a redução das emissões de CO2 em até 75% em comparação ao cimento convencional”.

“Na produção, ao aproveitar os gases gerados no processo produtivo, a unidade alcançou 1.367 GWh, resultando em um crescimento de 7% em relação a 2023”, acrescentou.

Energia excedente

Ainda conforme Erick Torres, a melhoria no processo energético da ArcelorMittal “permitiu reduzir os custos operacionais e aumentar o excedente de energia elétrica, potencializando as oportunidades de venda”.

“Os impactos desse excelente desempenho foram internos e externos, pois além do sucesso em recuperar a performance operacional, viabilizou a comercialização de energia elétrica intragrupo, com o envio do excedente gerado para outras unidades no Brasil”, concluiu.

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