O Ceará fechou o primeiro trimestre com um saldo de 3.411 empregos criados. O número é 69,8% menor do que as 11.318 vagas registradas em igual período do ano passado.
Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados
ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Apesar da desaceleração na geração de novos empregos com carteira assinada, foram registradas mais contratações no 1º trimestre de 2025, 162.951, na comparação com o 1º trimestre de 2024, quando elas chegaram a 147.884.
Por outro lado, o número de demissões também foi maior, passando de 136.566 para 159.540 na mesma
base de comparação.
No 1º trimestre de 2025, três dos cinco segmentos econômicos pesquisados apresentaram saldo positivo na geração de empregos.
O setor de serviços teve o melhor desempenho no período, com 2.660 novos postos formais de trabalho criados, seguido de perto da indústria, com 2.574. Um pouco atrás aparece a construção civil, com 1.044 novas vagas criadas.
Já a agropecuária registrou perda de 419 postos e o comércio teve saldo negativo expressivo, de 2.448 empregos formais a menos.
Quando considerado apenas o mês de março, o Ceará registrou o fechamento de 2.621 postos formais de trabalho. O único segmento a registrar criação de novas vagas na ocasião foi a indústria, que gerou 765 empregos.
Já o maior tombo foi no setor de serviços. Depois de dois meses de forte criação de postos de trabalho, o segmento perdeu 2.186 empregos com carteira assinada. O resultado de março decorre de um saldo de 50.579 demissões ante 47.958 contratações registradas em março no Estado.
O secretário do Trabalho do Ceará, Vladyson Viana, disse ter uma expectativa positiva para a criação de novos empregos em 2025, a despeito do desempenho verificado em janeiro e em março. “Tem que observar sempre as características sazonais. Nossa expectativa em 2025 é continuar nessa trajetória de crescimento dos dois anos anteriores”, projetou.
“Eu sempre gosto de trabalhar com intervalos maiores. E nós tivemos um saldo acumulado em 2024, segundo Caged de quase 56 mil novos postos. Essa queda no setor de serviços, por exemplo, está principalmente na terceirização de mão de obra, em movimentos de rotatividade e em alguns ciclos de contratos administrativos”, ressaltou o secretário.
“Já a indústria representa um tipo de emprego de mais longa duração e é muito influenciada por políticas públicas de desenvolvimento econômico e de atração de investimentos. Então, a política de responsabilidade fiscal do Estado e a política de desenvolvimento econômico fazem toda a diferença nesse processo”, concluiu Viana.
Nacionalmente, os dados do Novo Caged mostraram que o Brasil criou 654.503 postos de trabalho com carteira assinada no 1º trimestre deste ano, um recuo de 9,8% no 1º trimestre do ano passado.
Em março, foram 71.576 novas vagas, 70,8% a menos que o registrado em março de 2024, fazendo com que o número de empregados com carteira assinada chegasse a 47,8 milhões de vínculos.
São Paulo se destacou com a criação de 209.656 postos de trabalho, seguido por Minas Gerais, com 75.896 novas vagas. O Ceará ficou apenas na 18ª posição, nesse quesito.
O Ceará registrou uma desaceleração de 69,8% na criação de