O grupo empresarial cearense M. Dias Branco divulgou ontem ao mercado, os resultados financeiros do 1º trimestre de 2025, reportando queda de 55,2% no lucro líquido na comparação com o 1º trimestre do ano passado. A empresa é líder nacional nos segmentos de biscoitos e massas.
No total, a M. Dias Branco teve lucro líquido de R$ 69,4 milhões entre janeiro e março deste ano, ante R$ 154,9 milhões registrados em período equivalente de 2024. Quando o resultado é comparado ao 4º trimestre de 2024, a queda é ainda mais expressiva, de 60,7%, pois a empresa apresentou lucro líquido de R$ 176,5 milhões entre outubro e dezembro do ano passado.
Já a receita líquida teve crescimento de 3,2%, chegando a R$ 2,2 bilhões no 1º trimestre de 2025, ante R$ 2,1 bilhões em período equivalente de 2024. Se a comparação for feita com o 4º trimestre do ano passado, há um recuo, de 11,3%. Entre outubro e dezembro, a receita líquida havia sido de R$ 2,4 bilhões.
Nesse sentido, a empresa destacou, em comunicado a investidores, como principal fator positivo “o desempenho das categorias de Moagem e Refino de Óleos, refletindo os primeiros resultados da nova estrutura dedicada ao canal Food Service”.
Por sua vez, o Ebitda (sigla inglesa para ‘Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) teve queda um pouco menor, de 42% na comparação entre os 1º trimestre de 2025 e o 1º trimestre de 2024, ficando em R$ 160,9 milhões, ante R$ 277,3 milhões. Na comparação com o 4º trimestre de 2024, quando o resultado foi de R$ 355,3 milhões, o indicador teve recuo de 54,7%.
O volume de vendas total ficou praticamente estável, com ligeira queda de 0,7%, passando de 397,1 mil toneladas no 1º trimestre de 2024 para 394,2 mil toneladas no 1º trimestre deste ano. No 4º trimestre deste ano, o grupo M. Dias Branco havia comercializado 431,4 mil toneladas, o que significa dizer que houve uma queda de 8,6% entre um trimestre e o outro.
Em linhas gerais, a M.Dias Branco ponderou, no comunicado, que a alta dos custos afetou seus resultados trimestrais. “O preço médio do trigo em dólares no mercado subiu 4% na comparação com o 1T24 e se manteve estável frente ao 4T24”, destacou o informe da empresa.
“Já o óleo de palma registrou alta de 24% em relação ao 1T24 e recuo de 6% frente ao 4T24, mas ainda sendo negociado em patamares elevados, acima de US$ 1.330/tonelada”, prosseguiu o comunicado da M. Dias Branco.
“O câmbio, por sua vez, seguiu bastante volátil, com o dólar encerrando o trimestre em R$ 5,84 (média mensal do 1T25), acima dos R$ 4,95 observados no 1T24”, concluiu a empresa.