Logo O POVO+
À exceção de Pulga, ataque do Ceará vive momento de pouco brilho individual
Esportes

À exceção de Pulga, ataque do Ceará vive momento de pouco brilho individual

Sem reforços na janela nacional de transferência, Mancini tem tentado encontrar o trio ofensivo ideal para o início de disputa da Série B 2024
Edição Impressa
Tipo Notícia Por
Saulo Mineiro não conseguiu se firmar como centroavante do Vovô (Foto: Aurélio Alves)
Foto: Aurélio Alves Saulo Mineiro não conseguiu se firmar como centroavante do Vovô

A partida contra o Goiás evidenciou um problema no atual elenco do Ceará: o pouco brilho da maioria dos jogadores do setor ofensivo. À exceção de Erick Pulga, artilheiro e principal atleta do clube na temporada, os demais nomes do ataque pouco conseguiram entregar, até o momento, um desempenho consistente entre os jogos.

Vagner Mancini, entretanto, terá de encontrar soluções dentro do próprio plantel, já que a janela nacional de transferências foi encerrada na última sexta-feira, 19, e a diretoria do Alvinegro de Porangabuçu não conseguiu contratar reforço para o setor, apenas um volante e um goleiro, que não eram as maiores prioridades, mas as únicas opções que se concretizaram dentro de um curto prazo hábil.

O treinador tem tido dificuldade, principalmente, na posição de centroavante. Na grande área, o comandante iniciou 2024 utilizando Aylon e o jogador correspondeu positivamente. Marcou gol em Clássico-Rei e despontou na artilharia ao lado de Pulga. O rendimento do atacante começou a cair a partir de uma troca feita por Mancini, que deslocou o camisa 11 para atuar no extremo do campo com o intuito de suprir um outro problema do time.

Pelo lado direito, Facundo Castro tem convivido no departamento médico, enquanto Janderson tem sido corriqueiramente um dos piores da equipe. Diante deste cenário e com Aylon sendo realocado para a ponta, criou-se uma nova lacuna na equipe. Barceló e Saulo Mineiro, apesar do gol deste na final do Cearense, pouco contribuíram até então como homens de referência.

O uruguaio, com 14 jogos e 614 minutos em campo, e o brasileiro, com 16 partidas e 677 minutos de jogo, marcaram apenas dois gols cada. Não só pelos números frios, mas o desempenho em si também é muito aquém do esperado. A tentativa atual de Mancini passou a ser com Recalde, meia de origem, atuando como centroavante. O paraguaio, em dois jogos na função — a qual desempenhou em seu antigo clube, o Newell's Old Boys-ARG —, anotou um tento.

Com um elenco enxuto, Mancini não tem muitas opções que mantenham ou elevem o nível da equipe. Pulga, por exemplo, sequer tem um jogador de origem da posição para ser seu reserva imediato. Não à toa, em todos os confrontos que iniciou como titular, o atacante não foi substituído nenhuma vez. Vale destacar que contra o Goiás, o camisa 16 chegou a sentir um desconforto, mas permaneceu e finalizou a partida.

Para se ter dimensão da importância de Pulga, considerando todos os outros atacantes do time, Aylon (4), Barceló (2), Saulo Mineiro (2), Facundo Castro (1) e Janderson (0), juntos, somam nove gols, mesma quantidade que o jovem de 23 anos marcou sozinho na temporada. De qualquer forma, o Vovô só poderá ter novos reforços em julho, época em que a janela do mercado da bola reabre.

O que você achou desse conteúdo?