O Fortaleza desperdiçou o fator casa na 3ª fase da Copa do Brasil. Apesar do domínio em campo, o Tricolor não soube aproveitar as chances criadas e ficou apenas no empate sem gols com o Vasco, ontem, no Castelão, pelo duelo de ida.
Agora, o Leão precisará de uma vitória sobre o rival no Rio de Janeiro. Novo empate levará a partida para os pênaltis. O jogo da volta está previsto para o próximo dia 21.
Os próximos 90 minutos valem a classificação para as oitavas de final e uma cota milionária de R$ 3,3 milhões. O clube cearense sempre chegou pelo menos até esta fase do certame desde 2019.
O duelo de ontem à noite ficou marcado pelos inúmeros gols perdidos da equipe mandante. A igualdade tem sabor frustrante para quem dominou o adversário durante todo o embate.
No primeiro tempo, o Fortaleza teve o controle do jogo, dominou as ações ofensivas, mas pecou nas conclusões das jogadas. O Vasco, por sua vez, adotou uma postura reativa e não incomodou os donos da casa.
Vojvoda escalou a base do time titular que vinha jogando, com pequenas alterações, entre elas Felipe Jonatan e Matheus Rossetto, este que teve papel importante na saída de bola, na armação e manutenção da posse. Já o técnico interino do Cruzmaltino, Rafael Paiva, apostou na volta do esquema com três zagueiros.
O grande destaque do primeiro tempo foi o atacante Imanol Machuca. Com liberdade para flutuar por todos os lados do setor ofensivo, o camisa 39 criou boas jogadas e deixou Pikachu e Lucero em condições de marcar, mas a dupla desperdiçou.
Pochettino foi outro que apareceu com destaque. O argentino, além de ajudar na criação ofensiva, levou perigo ao Vasco em pelo menos três conclusões, uma delas, no fim do primeiro tempo, explodiu na trave, arrancando gritos das arquibancadas.
O domínio do Fortaleza permaneceu no segundo tempo de jogo. Entretanto, diferentemente do primeiro, quando achou espaços e criou grandes chances de gol, os 45 minutos finais foram de baixa produtividade ofensiva.
Mesmo com a maior posse de bola e presença constante no campo de ataque, o escrete do Pici levou pouquíssimo perigo para o goleiro Léo Jardim.
As mudanças de Vojvoda ao longo da segunda etapa também não surtiram efeito. As três peças ofensivas colocadas para alterar o placar — Kervin, Marinho e Moisés — entraram mal.
A joia venezuelana teve a melhor chance do segundo tempo, dentro da área, quando o relógio já marcava 45 minutos, mas parou na defesaça de Léo Jardim.
Artilheiro do time na temporada, Lucero fez uma atuação abaixo. O argentino perdeu muitas bolas, não contribuiu como pivô para dar sequência as jogadas e perdeu as oportunidades quando elas apareceram.
Nos acréscimos, o camisa 9 ainda recebeu uma bola de frente para o gol e chutou para fora, mantendo o placar inalterado e a frustração nas arquibancadas do Castelão.
Fortaleza
4-3-3: João Ricardo; Tinga, Brítez, Titi e Felipe Jonatan (Bruno Pacheco); Zé Welison (Hércules), Matheus Rossetto (Kervin Andrade) e Pochettino; Yago Pikachu (Marinho), Machuca (Moisés) e Lucero. Téc: Vojvoda
Vasco
3-4-3: Léo Jardim; Rojas (Zé Gabriel), Maicon e Léo; Paulo Henrique, Mateus Carvalho (Adson), Hugo Moura (Galdames) e Lucas Piton; Rayan (Rossi), David (Sforza) e Vegetti. Téc: Rafael Paiva
Local: Arena Castelão, em Fortaleza/CE
Data: 1º/5/2024
Árbitro: Matheus Delgado Candançan/SP
Assistentes: Alex Ang Ribeiro-Fifa/SP e Daniel Paulo Ziolli/SP
Cartões amarelos: Mateus Carvalho e Sforza (VAS)
Público e renda: 39.094 presentes/R$ 784.399,00