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Início ruim na Série B liga alerta do Ceará por reação imediata
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Início ruim na Série B liga alerta do Ceará por reação imediata

Assim como em 2023, o Vovô teve um bom início de ano, mas se desconectou após o início da Segundona e pode se complicar na competição caso não acompanhe o ritmo do pelotão de cima da tabela
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Ramon Menezes e Matheus Bahia se lamentam após empate com o CRB (Foto: AURÉLIO ALVES)
Foto: AURÉLIO ALVES Ramon Menezes e Matheus Bahia se lamentam após empate com o CRB

O Ceará da atual temporada, assim como em 2023, não consegue ter um bom início de Série B. O contexto é semelhante: a equipe começa bem o ano, conquista um título e cria uma perspectiva positiva, mas se desconecta na Segundona e vê os rivais abrirem larga vantagem na tabela.

A arrancada na Série B deste ano é ainda pior que a da última temporada. Considerando os três primeiros jogos na competição, em 2024 o Vovô não conseguiu nenhuma vitória — foram dois empates, contra Goiás (1 a 1) e CRB (2 a 2), ambos dentro de casa, e uma derrota para o Mirassol (3 a 2) fora. Já em 2023, a equipe largou com dois reveses seguidos, mas venceu o ABC na sequência.

A situação, claro, não é alarmante. Ainda é um início de competição e restam muitos pontos em disputa. Mas isso não muda o fato de que é preciso, sim, ligar o alerta e reagir o quanto antes. A própria campanha de 2023 é um exemplo. Naquela ocasião, o Vovô sofreu com a irregularidade e não conseguiu acompanhar o pelotão da parte superior da tabela. Não à toa, chegou às últimas rodadas sem chance de acesso.

O cenário atual não é diferente. Equipes como Santos e Sport venceram todos os jogos, enquanto Goiás e Chapecoense completam o G-4, com dois triunfos e um empate. Já são, pelo menos, cinco pontos de diferença que o Alvinegro precisará correr atrás, e isso requer uma reação imediata. Mancini, em entrevista coletiva, falou sobre o momento e citou o “esforço fora do comum” do time para vencer o Estadual como um dos fatores pela queda de rendimento.

“É um momento onde temos que parar, pensar e refletir. O Ceará fez um esforço fora do comum para ganhar o Estadual, isso é verdade. E após o Estadual, a equipe vem em queda de rendimento. A gente percebe isso. Fez um bom jogo contra o Goiás, fez um bom jogo (contra o CRB) no primeiro tempo, mas está em queda de rendimento. Isso acaba, de certa forma, dando uma desestruturada e uma desorganizada na equipe dentro de campo”, comentou.

E nessa queda de rendimento citada por Mancini, o aspecto defensivo é o que tem causado maior impacto negativo. O setor falhou em todos os jogos do time na Série B. Erros individuais e coletivos. Situações que poderiam ser evitadas com o mínimo de organização e atenção da equipe em campo. O Alvinegro, inclusive, é o terceiro time — ao lado do Amazonas — mais vazado da competição nacional até então.

Em paralelo às questões dentro de campo, os problemas fora dele também são relevantes, sobretudo pela alta quantidade de jogadores lesionados e que vinham atuando como titulares absolutos, caso de Erick Pulga e Aylon, artilheiro e vice-artilheiro do time no ano, respectivamente. Mas isso não é algo que acontece apenas com o Ceará, além de que outras equipes da competição possuem investimentos inferiores, com plantéis menos qualificados.

Importante ressaltar que a escolha de ter um elenco com número menor de jogadores foi algo aprovado por Mancini na transição entre 2023 e 2024 e que o clube agiu de forma totalmente negligente na última janela de contratações, quando deixou para resolver o transfer ban às vésperas do encerramento do mercado. Para aliviar a pressão, somente uma vitória contra o Novorizontino.

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