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Com seis jogos no Castelão, Copa do Mundo Feminina de 2027 será no Brasil
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Com seis jogos no Castelão, Copa do Mundo Feminina de 2027 será no Brasil

Decisão foi divulgada pelo presidente da Fifa, Gianni Infantino, durante o 74° Congresso da entidade, realizado em Bangkok, na Tailândia
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Arena Castelão será palco de novo torneio internacional (Foto: Vítor Silva/Botafogo)
Foto: Vítor Silva/Botafogo Arena Castelão será palco de novo torneio internacional

O Brasil será a sede da Copa do Mundo Feminina de 2027. A decisão foi divulgada pelo presidente da Fifa, Gianni Infantino, após a votação de 207 associações-membro da entidade máxima do futebol durante o 74° Congresso da entidade, realizado em Bangkok, na Tailândia.

Com 119 votos, a candidatura brasileira, que propôs um torneio com pilares na sustentabilidade econômica, social e ambiental, além da liderança feminina no ecossistema do futebol, superou a candidatura conjunta de Alemanha, Bélgica e Holanda, que apresentou como base a proximidade e segurança dos países. O trio europeu somou 78 votos. 

O Brasil deverá receber o evento em data a confirmar, tendo como proposta que ocorra entre os dias 24 de junho e 25 de julho de 2027. Os jogos serão distribuídos em dez estádios, de Norte a Sul do País.

Casa do futebol cearense, a Arena Castelão está listada entre os palcos do torneio mundial. O Gigante da Boa Vista receberá seis jogos da competição — sendo cinco da fase de grupos e um das oitavas de final — e terá uma capacidade mínima de 24 mil torcedores, com máxima de 57 mil.

No Nordeste, também receberão partidas a Arena Fonte Nova, em Salvador, e a Arena de Pernambuco, na região metropolitana do Recife. O principal palco da competição será o Maracanã, no Rio de Janeiro, que protagonizará a abertura do evento, quatro jogos da fase de grupo e uma partida de cada fase do mata-mata, incluindo a grande final. 

A competição também passará por Neo Química Arena (São Paulo), Arena Pantanal (Mato Grosso), Arena da Amazônia (Amazonas), Mané Garrincha (Brasília), Mineirão (Minas Gerais) e Beira-Rio (Rio Grande do Sul).

Em discurso após o anúncio, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, exaltou a escolha do Brasil como sede do evento e frisou que o País deverá fazer a "melhor Copa do Mundo Feminina da história". 

"Agradeço a confiança de todos que participaram do Congresso da Fifa pela escolha do Brasil para sediar a Copa do Mundo Feminina de 2027. Vivemos hoje (ontem, sexta-feira) um dia histórico em Bangkok. Essa é uma vitória do futebol feminino mundial", frisou o mandatário.

Quem também comentou a eleição do Brasil como casa do Mundial de 2027 foi a Tainha do futebol, Marta, que, em um discurso de voz embargada, em vídeo divulgado pela comitiva, celebrou o sonho realizado de "tantas meninas no Brasil".

"Jogar uma Copa do Mundo em casa é o sonho de tantas meninas no Brasil. Por isso, quero agradecer a todos que fizeram parte dessa conquista. Vamos seguir juntas, construindo o futuro que o futebol de mulheres no Brasil, na América do Sul e no Mundo merecem", acentuou a camisa 10.

A Copa do Mundo Feminina de 2027 será a primeira na América do Sul e terá 32 países disputando o título.

Estádio Arena Castelão
Estádio Arena Castelão

Estádios terão capacidade flexível na Copa do Mundo Feminina no Brasil; entenda

O Brasil foi escolhido para ser o país-sede da 10ª edição da Copa do Mundo Feminina, em 2027, após vencer eleição contra a candidatura formada por Alemanha, Bélgica e Holanda.

Um dos pontos que chamou a atenção foi a utilização de capacidade reduzida e flexível nos estádios durante a competição. Manuela Biz, uma das consultoras da comitiva brasileira presente no Congresso da Fifa, explicou a decisão.

“Existe essa preocupação, por parte da Fifa, de entender se alguns jogos da primeira fase, por exemplo, vão ter esse sould-out (venda de todos os ingressos), mesmo em estádios tão grandes, como o Mané Garrincha ou o Maracanã. E a gente sabe que não tem sould-out em alguns jogos nem na Copa do Mundo masculina. É uma questão de que realmente alguns confrontos têm menos apelo”, disse.

A consultora ainda usou o exemplo da última Copa do Mundo Feminina, na Austrália, que houve o esgotamento de ingressos, mas que os estádios tinham capacidade menor do que os estádios brasileiros, comportando em torno de 10 mil a 20 mil pessoas.

Possibilidade de aumento

A escolha das Arenas com maior capacidade — mesmo não usando 100% delas — foi uma forma de entregar o melhor equipamento possível para as atletas desempenharem o futebol durante a competição. “A gente queria que as mulheres tivessem o direito de jogar nos melhores estádios que a gente tem no Brasil”, pontuou Manuela Biz.

A estratégia de redução, no entanto, não impede de que haja um aumento gradativo conforme a competição evolua, afirma a consultora. A diminuição na carga de ingressos foi um estudo feito pela comissão apenas para haver a venda de todos os ingressos disponíveis. Caso a procura seja maior do que a demanda, a capacidade pode ser expandida para jogos mais atrativos para o público.

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