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Ceará: após "não" a estatuto, oposição deve recorrer; situação vai propor voto do sócio-torcedor
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Ceará: após "não" a estatuto, oposição deve recorrer; situação vai propor voto do sócio-torcedor

Grupo da atual gestão do Alvinegro deve apresentar proposta de emenda ao estatuto atual para sócios-torcedores votarem nas eleições do clube. Oposição alega que rito foi desrespeitado
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Vovô segue com estatuto em debate
 (Foto: Gabriel Silva/Ceará SC)
Foto: Gabriel Silva/Ceará SC Vovô segue com estatuto em debate

O grupo de situação da política interna do Ceará prepara uma proposta à ala de oposição para validar o direito ao voto do sócio-torcedor nas eleições do clube, após reprovação do novo estatuto. Este era um dos principais tópicos do projeto apresentado como nova carta-magna, que teve 112 votos contra e 104 a favor, além de duas abstenções.

O presidente da diretoria executiva do Alvinegro, João Paulo Silva, já havia se manifestado a favor do voto do sócio nos próximos pleitos e repetiu a posição na noite da última segunda-feira, 17, apesar de ter dito "não" à mudança de estatuto. A decisão gerou discussão com o mandatário do Conselho Deliberativo, Herbet Santos.

“Eu estou sendo bem insistente nesse ponto, porque muitas pessoas estão querendo esperar justamente a poeira baixar. E eu estou insistentemente dizendo que nós não podemos mais esperar nada. Os sócios-torcedores têm que votar”, destacou o advogado Anacleto Figueiredo, diretor cultural do Ceará, ao O POVO.

“Conversei muito com o presidente João Paulo de ontem (segunda-feira) para hoje (terça). É um processo que tem que ser liderado por ele. Ele também tem o mesmo sentimento que eu tenho, de que o sócio-torcedor tem que votar, isso tem que ser uma decisão urgente”, finalizou.

Procurado pela reportagem em diferentes horários ao longo do dia de ontem — de manhã, à tarde e à noite —, João Paulo Silva não atendeu as ligações. O presidente do Vovô fez um breve pronunciamento ao final da Assembleia Geral e, na sequência, deixou o ginásio.

Por outro lado, conselheiros ligados à oposição se movimentam para acionar a Justiça e anular a votação que reprovou o novo estatuto. A alegação do grupo é de que não foi cumprido o rito definido no último dia 8, conforme apurou Horácio Neto, repórter da Rádio O POVO CBN. Uma das determinações do rito é de que o voto deveria ser feito de forma nominal e aberto.

“Nós tínhamos um rito definido, com a decisão da juíza, com a decisão do desembargador. Com certeza os autores da ação têm todo o direito legítimo de questionar na Justiça aqueles votos que não foram verbalizados”, afirmou Herbet Santos, presidente do Conselho Deliberativo, favorável ao novo estatuto.

o diretor jurídico do Ceará, Fred Bandeira, explicou que o ato de expressar o voto no microfone era optativo e que a Assembleia Geral Extraordinária aconteceu dentro do estabelecido juridicamente.

“O estatuto foi votado de forma democrática, ao nosso ver, foi cumprido rigorosamente o rito, aprovado na assembleia do dia 8 e, consequentemente, cumprindo a determinação judicial. O voto foi nominal, foram chamados todos os conselheiros, nome a nome, e aberto, não foi através de cédulas (o voto). Expressava no microfone, quem queria falar o seu voto 'sim' ou 'não'".

Com Lucas Silva

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