Léo Condé chegou a Fortaleza na madrugada de ontem e iniciou os trabalhos à frente do Ceará. Em Carlos de Alencar Pinto, em Porangabuçu, o treinador conheceu a estrutura do clube, os novos comandados e realizou a primeira atividade visando a estreia contra o Santos, na próxima sexta-feira, 5, às 19 horas, na Arena Castelão.
"É uma satisfação muito grande assumir um clube que é uma das grandes referências do país e no Nordeste, nem se fala. Fiquei bastante impressionado com a estrutura. É tudo muito funcional, com departamentos bem estruturados e alinhados. Herdo um bom trabalho e acredito que a gente tem tudo para fazer um grande trabalho à frente do Ceará”, disse o técnico em entrevista ao site oficial do Alvinegro.
Uma das missões do substituto de Vagner Mancini é encontrar o equilíbrio entre defesa e ataque. Na Série B, o Vovô marcou 20 vezes e sofreu 17 gols em 13 partidas disputadas. Defensivamente, tem o terceiro pior desempenho, empatado com Ponte Preta e Brusque e atrás apenas de Guarani (22) e Ituano (30).
“É lógico que a gente vai ter que reparar isso, porque sabemos que para chegar na elite, como estamos querendo e vamos correr atrás para conseguir, a equipe tem que ter equilíbrio e temos que tomar menos gols do que estamos tomando. Tenho certeza que o Condé assistiu ao jogo hoje (sábado), depois a gente vai conversar, com certeza, na segunda-feira, e tentar sanar, de uma maneira positiva e produtiva, para podermos ser mais assertivos nos próximos jogos”, disse Anderson Batatais, auxiliar do Alvinegro e que comandou a equipe de forma interina.
Na vitória contra o Ituano por 4 a 2, o assistente destacou que houve mudança na forma de se defender e que os gols tomados aconteceram no momento de desatenção dos atletas.
“Aquilo que programamos antes do jogo era um bloco de marcação, e às vezes que nós, infelizmente, deixamos de fazer… Porque também tem esse lado de estar só há dois dias fazendo esse bloco, às vezes escapa alguma ideia do atleta. Nos dois gols nossos (sofridos), nós saltamos na hora que não era para saltar”, pontuou.
Na carreira, Léo Condé tem, por característica, o costume de melhorar o sistema defensivo das equipes. À frente do Vitória, por exemplo, em 2023, quando conquistou o título da Série B, o Leão da Barra sofreu 31 gols em 38 partidas.
O profissional de 46 anos, com vasta experiência na Segundona, principalmente à frente do Sampaio Corrêa, costuma escalar as equipes no 4-3-3 ou no 3-5-2. Defensivamente, pede para os atletas marcarem individualmente, mas sem sair tantas vezes para "caçar" o homem da bola ou quem, em tese, irá receber o passe, algo que era comum no Ceará de Vagner Mancini.
O zagueiro Matheus Felipe, por exemplo, era um dos atletas que mais combatia no meio-campo, principalmente devido à linha alta defensiva que o Ceará realizava nas partidas.
Fato é que o Condé precisará arrumar o sistema defensivo sem perder a criatividade e eficiência ofensiva. Além de ter o melhor ataque do certame, é o time com mais grandes chances criadas, com 24.