Sob novo comando, o Ceará segue sua rotina de treinos visando o duelo contra o Santos, amanhã, às 19 horas, na Arena Castelão, pela 14ª rodada da Série B. O confronto frente ao Peixe marca justamente a estreia de Léo Condé como treinador do Vovô.
Com a troca no comando, o torcedor ainda possui dúvidas em relação ao time titular e, principalmente, ao modelo de jogo a partir de agora. De cara, Condé terá que resolver a formação de um setor fundamental: o meio de campo.
Ao longo da temporada, com Vagner Mancini à frente da equipe, o trio — ou quarteto — foi modificado inúmeras vezes. No Campeonato Cearense, por exemplo, a base do time campeão era formada por Richardson, Guilherme Castilho e Lourenço. No entanto, era comum ver, em diversas situações, Recalde e Lucas Mugni entre os titulares.
Mais recentemente, Castilho perdeu espaço e começou a figurar no banco de reservas. No último jogo com Mancini à beira do campo, a derrota para a Ponte Preta, por 3 a 1, Jean Irmer, De Lucca e Lourenço estiverem no setor.
"Vou herdar o trabalho de um profissional extremamente competente (Mancini) e, naturalmente, vou tentar acrescentar algumas ideias", avisou Léo Condé.
O novo treinador alvinegro teve campanha de sucesso no Vitória, em 2023, quando foi campeão da Série B. Muito do sucesso daquele time passava justamente pelo trio que era escalado no meio de campo.
Em geral, Dudu, Gêgê e Giovanni Augusto eram os escolhidos. Ex-Ferroviário, Dudu tinha características de mais marcação, assegurando a força defensiva de um time que teve a segunda melhor defesa da competição, com 31 gols sofridos.
Gêgê, por outro lado, apesar de ajudar na parte defensiva, tinha um modelo mais parecido com um camisa 8 clássico, participando efetivamente do começo das jogadas, auxiliando na distribuição dos passes e, em determinados momentos, pisando na grande área. O atleta, atualmente no CRB, chegou a marcar dois gols no torneio. Por fim, Giovanni Augusto era armador da equipe, um autêntico 10, municiando o ataque.
Tomando como referencial o que era posto em prática pelo treinador no Leão da Barra, Richardson pode ser peça fundamental na formação do Vovô. Lourenço deve ser utilizado mais em sua posição original, como volante construtor. A maior dúvida fica por conta da armação: Mugni, Recalde e Castilho precisarão mostrar serviço ao novo comandante.
"Vou tentar passar alguma coisa que eu penso para poder chegar bem estruturado para essa partida (contra o Santos)", disse Condé.